O governo federal pretende criar ainda este ano o Eximbank brasileiro, uma estrutura administrativa dedicada exclusivamente a financiar as exportações e a produção destinada ao mercado exterior.

"É um bom momento, pois poderíamos ter uma operação mais fluida, mais rápida", disse o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. "Será um braço forte do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)." Ele acrescentou que a ideia já recebeu sinal verde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Vai sair", assegurou.

A principal vantagem do Eximbank será reunir em uma só instituição os recursos, as avaliações de risco e as garantias às operações. Atualmente, esses instrumentos já existem, mas estão dispersos pela administração federal. Hoje, um exportador brasileiro precisa procurar o Banco do Brasil para obter financiamento do Programa de Financiamento às Exportações (Proex). Depois, deve recorrer ao Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações (Cofig), composto por vários ministérios e administrado pelo Tesouro Nacional, para obter seguro.

Com o Eximbank, essas operações ficariam centralizadas. "Hoje, o financiamento à exportação é muito burocrático", comentou o ministro. "Precisamos ser mais operacionais." O Eximbank poderá contar com os R$ 2,6 bilhões do Proex, além de recursos do BNDES.

Segundo o ministro, a rede bancária poderá operar as linhas do novo banco. Das operações de comércio exterior, não ficarão sob o comando do Eximbank os Adiantamentos sobre Contratos de Câmbio (ACC) e Adiantamentos sobre Cambiais Entregues (ACE). Ambas são operadas hoje pelo Banco Central e pelo Banco do Brasil.

Fonte: Agência Estado