Crédito: CUT-DF
Dieese analisa conjuntura nacional, durante 12° Cecut-DF
A saída indicada por Ganz é basear a estratégia de desenvolvimento do Brasil em uma política de desenvolvimento industrial, mas sem ignorar a sustentabilidade. Segundo ele, esse processo exige do movimento sindical o entendimento de que as transformações só ocorrerão se houver uma sociedade organizada e mobilizada.
Emprego no DF
Apesar do quadro positivo, o desemprego no DF reflete a discriminação histórica contra negros e mulheres: dos 188 mil desempregados, 58% são mulheres, 75% negros e 47% jovens. Ainda assim, o desemprego local vem registrando quedas há oito anos consecutivos.
Para diminuir o número de pessoas sem emprego seria necessário, segundo o supervisor regional do Dieese-DF, Clóvis Roberto Scherer, criar cerca de 36 mil novos postos de trabalho por ano.
Segundo Scherer, o entorno do DF incha o número de desempregados, pois não há uma "política direcionada a este grupo".
Apesar do desemprego, a conjuntura tem sido de crescimento. Mesmo com um espaço regional pequeno, o DF apresenta PIB – Produto Interno Bruto – de R$ 131 milhões: o 7º maior da Federação.
O montante leva a um PIB per capita (divisão da renda pelo número de habitantes) de R$ 50.438 anuais por pessoa, quase o dobro estabelecido para São Paulo. "A gente tem que pensar que a riqueza é uma média", alerta Scherer. De acordo com ele, 10% das pessoas mais pobres do DF recebem em média R$ 366, enquanto os 10% mais ricos ganham R$ 10 mil.
Cenário político do DF
Enquanto isso, o cenário político da capital do país exige mudanças urgentes. Segundo o diretor presidente da WHD Comunicação, Hélio Doyle, os erros começaram com as alianças partidárias. "Essa insistência do governo em conceder ao vice o domínio sobre a construção civil, o setor imobiliário e o transporte, permite a criação de um feudo que compromete a imagem e atuação do governador", afirma.
Mesmo existindo uma reação do governo sobre o cenário atual, o tempo é curto, destacou Doyle. "Caso não haja mudança real, as próximas eleições serão muito complicadas para os setores progressistas", disse.
Nova direção
O 12º Cecut-DF se encerra neste sábado (2), quando o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Rodrigo Britto, deverá ser eleito como novo presidente da CUT-DF para o triênio 2012-2015.
Fonte: Seeb Brasília