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O estudo aponta ainda os primeiros reflexos da reforma Trabalhista. As demissões sem justa causa representaram 56,6% do total de desligamentos no setor bancário em janeiro de 2018. As saídas a pedido do trabalhador representaram 32,7% dos tipos de desligamento. Em janeiro foram, ainda, registrados 5 casos de demissão por acordo entre empregado e empregador. Essa modalidade de demissão foi criada com a aprovação da Lei da Reforma, em vigência desde novembro de 2017. Os empregados que saíram do emprego nessa modalidade apresentaram remuneração média de R$2.182,40, bastante inferior à média (R$ 6.512,12).

Segundo os dados, os bancos criaram 652 postos de trabalho no Brasil, em janeiro de 2018. Esse é o melhor resultado mensal apurado desde janeiro de 2016. São Paulo registrou 64% das admissões e 41% do total de desligamentos e apresentou o maior saldo positivo no emprego bancário, com 588 postos abertos no mês. Pernambuco e Pará registraram 70 e 49 postos abertos, respectivamente. Os piores saldos foram registrados no Rio de Janeiro (-49 postos) e Rio Grande do Sul, com o fechamento 33 postos de trabalho bancário.

Os “Bancos múltiplos com carteira comercial”, categoria que engloba bancos como, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil, foi responsável pela abertura de 592 postos no primeiro mês de 2018 (mais de 90% do saldo total). Mas todos as classes de atividade econômica do setor bancário apresentaram saldo positivo em janeiro de 2018.

A abertura dos postos bancários concentrou-se nas faixas etárias até 29 anos, com criação de 1.192 postos de trabalho. Acima de 30 anos, todas as faixas apresentaram saldo negativo (-540 postos, no total), com destaque para a faixa de 50 a 64 anos, com fechamento de 267 postos.

Fonte: Contraf-CUT