Nesta quarta-feira, 7 de abril, os empregados da Caixa Econômica Federal fizeram um ato público em frente à Agência Epitácio Pessoa, na capital paraibana, para protestar contra o processo de reestruturação de algumas áreas internas do banco público. A revolta dos empregados, que pedem a imediata suspensão da reestruturação em andamento, se dá principalmente pela insegurança ante às medidas adotadas unilateralmente pela direção da instituição financeira, que sequer ouviu o corpo funcional.
O protesto, que segue orientação nacional, recebeu todo o apoio político e logístico do Sindicato dos Bancários da Paraíba que disponibilizou o suporte básico para as atividades, como: carro de som, faixas e carta aberta a ser distribuída, no primeiro momento para os empregados da Caixa, e, posteriormente para a sociedade em geral.
Segundo Jurandi Pereira, diretor responsável pelo departamento jurídico do Sindicato, os empregados da Caixa solicitaram, na assembleia de organização do protesto, ontem á noite, que o jurídico da Entidade ajuizasse uma ação contra o banco público, exigindo: a suspensão imediata do processo de reestruturação em curso; a permanência do empregado na função que exerce atualmente; e a não transferência compulsória do empregado, por conta das medidas implementadas na reestruturação. "A direção da Caixa Econômica Federal está totalmente equivocada, ao agir de forma autoritária e unilateral, como se ainda estivéssemos na época da ditadura militar, submetendo os seus empregados a mais esse constrangimento; principalmente àqueles que trabalham nas áreas atingidas pela reestruturação", ressaltou.
Marcos Henriques, presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, em seu pronunciamento durante o protesto, lamentou a postura da direção da instituição financeira, que não levou em consideração a situação dos funcionários ante as implicações das medidas reestruturantes. E, ao final, deixou uma pergunta no ar: "É assim que essa diretoria quer transformar a Caixa na melhor empresa para se trabalhar, com essa prática antiquada e rancorosa, herdada do autoritarismo?"
Durante o protesto, que aconteceu das 10h às 11h, dirigentes sindicais e empregados da Caixa deixaram claro a sociedade pessoense que vão continuar a luta contra esse processo de reestruturação, até conseguirem: a imediata suspensção da implanção da nova estrutura; adoção de garantias mínimas aos empregados que estão sendo afetados pela reestruração, através da manutenção da função, remuneração e lotação dos trabalhadores; e imediata divulgação do conteúdo integral da proposta de reestruturação e abertura de canal para que os empregados possam opinar sobre o processo.