A Caixa Econômica Federal fechou o ano de 2016 com lucro de R$ 4,1 bilhões, sendo R$ 691 milhões no quarto trimestre. Vale destacar o excelente resultado operacional do banco, que cresceu 271,7%. Esse desempenho decorreu da elevação da margem financeira proporcionada pelos bons resultados das receitas com operações de crédito, Títulos e Valores Mobiliários (TVM) e prestação de serviços.

O desempenho operacional do banco mostra que a queda observada no lucro (líquido e recorrente de R$ 298 milhões) foi um resultado contábil decorrente da baixa utilização de créditos tributários, fato observado em todos os maiores bancos brasileiros.

Segundo Dionisio Reis, coordenador do CEE (Comissão Executiva dos Empregados) da Caixa, o fortalecimento do banco contribui com o crescimento do país. “Por isso, a resistência dos empregados deve priorizar a defesa da Caixa 100% pública e intensificar ainda mais a luta contra o desmonte do banco, contra as demissões arbitrárias e contra o fechamento de postos de trabalho”, apontou Dionisio.

Em relação ao resultado operacional, o coordenador do CEE destaca que caberia ao banco fazer o pagamento da diferença da PLR em cima do resultado operacional, que teve um aumento de 271,7%. “Tendo em vista que são os esforços dos trabalhadores que geram estes resultados”, acrescenta Dionisio.

Carteira de crédito

Ao final de 2016, a carteira de crédito ampliada da Caixa cresceu 4,4%, com saldo de R$ 709,3 bilhões. A carteira de crédito imobiliário cresceu 5,6% e totalizou R$ 406,1 bilhões. Nesse item, a Caixa mantém a liderança no Sistema Financeiro Nacional com 67% de participação no mercado. O saldo das operações de infraestrutura aumentou 10,8% e alcançou R$ 78,6 bilhões.

A carteira de crédito Pessoa Física totalizou R$ 497,5 bilhões (+ 4,2% sobre 2015). A carteira Pessoa Jurídica permaneceu estável no período e totalizou R$ 185,4 bilhões.

Inadimplência

O índice de inadimplência da carteira de crédito encerrou 2016 em 2,88%, com redução de 0,67 p.p. em doze meses. Mesmo assim o banco elevou suas despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 2,3%, totalizando R$ 20,1 bilhões.

Programa Sociais

O banco finalizou 2016 com 94.978 empregados, com fechamento de 2.480 postos de trabalho em doze meses. Entretanto, o número de clientes em aumentou em 4,1 milhões (+5%), totalizando 87,1 milhões em 2016. Foram fechadas oito agências no período.

Receitas

As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 8,4%, totalizando R$ 22,5 bilhões em doze meses, percentual superior ao observado para as despesas de pessoal, que subiram 5,7% (R$ 22,2 bilhões). Com isso, em 2016, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco cresceu 2,6 pontos percentuais.

Fechamento de postos de trabalho

O banco finalizou 2016 com fechamento de 2.480 postos de trabalho em doze meses, com um total de 94.978 empregados. Entretanto, o número de clientes em aumentou em 4,1 milhões (+5%), totalizando 87,1 milhões em 2016. Foram fechadas oito agências no período.

Caixa pretende fechar 120 agências em 2017

A Caixa Econômica Federal informou nesta terça-feira (28) que cerca de 100 a 120 unidades deficitárias passarão por uma intervenção neste ano. Ou seja, o presidente da instituição, Gilberto Occhi, durante entrevista coletiva em São Paulo, disse que as alternativas são fechamento, fusão, diminuição de estrutura ou remanejamento para outro local.

“Todos os processos da Caixa vêm sendo feito sem transparência e o banco acaba de anunciar a redução de mais de 100 agências. Contudo, a Contraf cobra da Caixa mais transparência e respeito com seus trabalhadores”, criticou Dionisio.

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Fonte: Contraf-CUT e Dieese