A Caixa Econômica Federal perdeu R$ 10 milhões em uma fraude bancária, de acordo com informações publicadas pela Folha de S.Paulo nesta quinta-feira. Os suspeitos são dois grupos baseados no Ceará que teriam roubado senhas de contas correntes e cédulas de cheques sem impressão do banco. A prática foi descoberta após uma auditoria interna em que o banco analisou centenas de reclamações. As informações foram repassadas para a Polícia Federal, que deflagrou em março a Operação Cártula. A ação resultou na prisão preventiva de dez pessoas.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), R$ 10 milhões foi o quanto a Caixa gastou para ressarcir os correntistas lesados. Os roubos eram feitos em terminais de autoatendimento do banco, com o uso de uma ferramenta chamada “chupa-cabra” – um teclado falso que grava informações digitadas por usuários. Após o roubo das informações, os grupos visualizam os saldos das contas e clonavam cheques em nome dos correntistas. Em seguida, em outros bancos, depositavam os cheques em contas de “laranjas”, que sacavam ou transferiam os valores para os grupos. Segundo a Caixa, não houve prejuízo aos clientes.

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