Em nova negociação entre a Contraf-CUT e a Caixa Econômica Federal, ocorrida nesta quarta-feira, dia 3, o banco apresentou uma proposta pior do que a anterior e frustrou mais uma vez as expectativas dos empregados da carreira profissional. Os arquitetos, advogados, engenheiros e demais profissionais estão em greve desde o dia 28 de abril.

A nova proposta é pior do que a apresentada na negociação ocorrida na semana passada (veja mais). Veja os principais pontos:

– Tabela com salário inicial de R$ 6.199 e final de R$ 8.704.
– Mantém a migração das tabelas atuais para a nova por aproximação salarial.
– Ainda na migração, mantém as mesmas condicionantes impostas pelo banco na discussão do PCS dos bancários, realizada em 2008 (não ter ações colidentes, não estar no Reg-Replan não saldado).
– O banco retira a proposta de reenquadramento apresentada anteriormente, que garantia aos trabalhadores dois deltas por ano de Caixa.
– O pagamento das diferenças retroage a primeiro de janeiro deste ano.
– O banco não abre mão do desconto dos dias parados na greve.

A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa da Contraf-CUT (CEE Caixa) insistiu com o banco a respeito do abono dos dias parados. A empresa, no entanto, foi irredutível em não aceitar o abono ou sequer compensação da greve, ficando de considerar no máximo o parcelamento do desconto. O banco afirmou ainda que está será a última negociação a respeito do tema.

A CEE Caixa manifestou-se contra a proposta, que considera pior doq eu a anteriormente apresentada. "Somos contrários à penalização dos empregados representada pelo desconto dos dias de greve. A paralisação é um direito do trabalhador e do cidadão e deve ser respeitada", afirma Jair Ferreira, coordenador da CEE Caixa. "Essa postura do banco não ajuda na solução dos problemas e não contribui com a boa relação entre trabalhadores e empresa", sustenta.

Nessa sexta-feira, dia 5, às 10h, acontece no Tribunal Superior do Trabalho (TST) audiência de instrução sobre o dissídio de greve ajuizado pela Caixa por conta do movimento dos profissionais. "Esperamos que a Caixa reveja sua postura e que possamos resolver o impasse na mesa de negociação, como achamos correto", diz Jair.

Fonte: Contraf-CUT