A participação societária do banco público se dará por meio da Caixapar, empresa de participações do banco público, na Elo Serviços, companhia criada pelo Bradesco e pelo Banco do Brasil para cuidar dos cartões da bandeira Elo. O valor da operação não foi revelado mas, segundo Lenza, é um montante pequeno. A Elo Holding terá os 67% restantes do capital da bandeira.
A Caixa discute ainda a compra de participações em outras empresas do grupo Elo, que são controladas pela holding. O banco, neste momento, não tem intenção de ter uma fatia na holding.
Segundo Lenza, a Caixa discute com BB e Bradesco a participação em outras companhias do grupo: uma que cuida de cartões de benefícios (vale-alimentação e refeição); outra que vai administrar caixas eletrônicos; e ainda aumentar sua fatia no capital da Cielo, hoje de pouco mais de 1%. A Caixa não deve comprar participação nem no Banco Elo nem na promotora de vendas do grupo.
Segundo Marcelo Noronha, diretor executivo de cartões do Bradesco, as participações na Elo Serviços podem ser alteradas conforme o desempenho nas vendas do cartão pelos três bancos. Se um banco tiver desempenho melhor que os outros, poderá ganhar uma fatia maior da empresa.
A Caixa tem conseguido atrair pessoas sem acesso ao sistema financeiro e esse será um dos diferenciais na venda da bandeira Elo, diz Lenza. O banco abriu 10 milhões de contas correntes no programa Caixa Fácil, programa de inclusão bancária voltado para a baixa renda. Desse total, 7 milhões são contas ativas. Do total, 3 milhões participam do programa Bolsa Família.
Fonte: Agência Estado / Altamiro Silva Junior