O Grupo Santander Brasil comanda os bancos Santander e Real no país e a Uni Finanças é um braço da UNI Global Union, sindicato global do setor de serviços que representa 18 milhões de trabalhadores de quase mil sindicatos em mais de 150 países.
"Fizemos este esforço pela realização deste encontro pois acreditamos que a assinatura de um acordo global válido para todos os países onde o Santander atua será positiva tanto para o banco, que assim agrega valor à sua marca, como para seus funcionários, que têm assim garantidos patamares mínimos de direitos", afirma a diretora do Sindicato Rita Berlofa, que também é coordenadora do Comitê Sindical Internacional do Grupo Santander da UNI Américas Finanças.
Ela lembra que têm surgido dúvidas sobre o porquê da escolha do Brasil e do Santander para iniciar as conversas. "O Brasil tem um peso muito grande para o banco em todo o mundo por conta dos resultados aqui obtidos. Além disso, sua importância estratégica no continente não pode ser questionada. O país deixou clara sua veia pioneira ao garantir, em 1992, apesar de suas dimensões continentais, uma convenção coletiva válida para todo o território nacional, algo com poucos paralelos no mundo", afirma a dirigente sindical, lembrando que o Santander pode aproveitar a oportunidade para sair à frente de seus concorrentes. "Acreditamos que o banco pode realmente representar uma vanguarda dentro do seu setor, valorizando seus trabalhadores e mostrando que tem responsabilidade social em nível mundial", diz Rita.
Os representantes do Grupo Santander Brasil – Gilberto Trazzi, superintendente de Relações Sindicais, Paulo Pássaro, superintendente de RH do Real, Jerônimo dos Anjos e Alencar Rossi (assessoria) – ouviram atentamente a apresentação dos diretores da Uni Finanças e se mostraram interessados em avançar na discussão do tema.
Os representantes do sindicato internacional explicaram que o movimento internacional de expansão de empresas multinacionais (como a do próprio banco Santander) criou também a necessidade de internacionalização dos acordos entre trabalhadores e as empresas. Além da clara vantagem que acordos deste tipo trazem para os trabalhadores, a empresa que assina acordos internacionais ganha em credibilidade quando, independentemente do país onde estiver, garante tratamento digno a seus trabalhadores.
A UNI não interfere no trabalho dos sindicatos locais nem discute detalhes de normas com as empresas. Via de regra, as normas incluídas nos acordos internacionais são aquelas já aprovadas e recomendadas globalmente pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
"Para uma empresa, um acordo global é uma forma de dizer ‘onde quer que formos no mundo, respeitaremos normas civilizadas internacionalmente reconhecidas; oferecemos trabalho e empregos decentes’. Em resumo: ‘seremos boas multinacionais cidadãs’", lê-se em trecho de documento distribuído pela entidade.
Entre os trabalhadores, participaram do encontro, além de Rita, Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato e vice-presidente do sindicato global UNI-Finanças, Ricardo Jacques, secretário de Relações Internacionais da Contraf/CUT, Rubem Cortina, presidente da UNI América, Rodolfo Benitez, secretário geral da UNI América, Raul Pequena, secretário-geral adjunto da UNI Mundial e Marcio Monzane, diretor regional da UNI América Finanças e Comércio.
Para saber mais sobre a Uni Global Union, acesse www.uniglobalunion.org (apenas em espanhol ou inglês).
Fonte: SEEB – SP / Danilo Pretti Di Giorgi