Mobilização da categoria bancária movimentou Twitter, Instagram e a televisão – O início da Campanha Nacional Contra as Demissões nos Bancos Privados começou nesta quinta-feira (15) com protestos e repercussões na mídia e nas redes sociais. Reportagens, protestos digitais e entrevistas marcaram a ação do movimento sindical bancário. Às 16h, houve o tuitaço com a hashtag #QuemLucraNãoDemite, que movimentou tanto a categoria bancária como a população em todo o país.

No início da noite, a TVT fez reportagem sobre a campanha. O repórter Jô Miyagui, autor da reportagem, informou que os três maiores bancos privados, Itaú, Bradesco e Santander tiveram juntos um lucro de R$ 21,7 bilhões no primeiro semestre deste ano. As demissões, de acordo com a reportagem, atingiram 2.600 trabalhadores.

“Não adianta os bancos privados fazerem marketing para a população, para dizer que eles têm um comportamento bom, que têm linha de crédito social. O marketing mais importante é garantir os empregos. É o gesto que a sociedade precisa nesse momento. É o melhor marketing nesse momento. Empresa que lucra não pode demitir”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

Além dos três grandes bancos, outras instituições financeiras também descumpriram o acordo do começo do ano. “Também têm bancos pequenos como o Carrefour, o Banco Original, o C6 e outros bancos pequenos que começaram também. A gente resolveu fazer uma campanha unificada, contra todos os bancos do sistema financeiro, expondo para a sociedade que é uma covardia demitir na pandemia”, afirmou a secretária geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Neiva Ribeiro.

Para ver a reportagem da TVT, clique aqui.

Madruga Bancário

Após a reportagem da TVT, a campanha contra as demissões também foi pauta da live no Madruga Bancário, perfil do Instagram (@madrugabancário) bastante popular entre a categoria bancária. Em um bate papo com o Madruga, Juvandia explicou como surgiu o acordo para não demitir durante a pandemia, firmado com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), no primeiro semestre de 2020. “Cobramos equipamento e também a suspensão das demissões porque mais importante era garantir o emprego. O desemprego já estava alto. Cobramos e os grandes bancos se comprometeram. Eles falaram que era um compromisso de mesa e que não queriam se comprometer com data. Mas, o acordo era de não demitir na pandemia. A pandemia não acabou e o compromisso está colocado”, relatou a presidenta da Contraf-CUT.

Além do rompimento do acordo, Juvandia também destacou na conversa com o Madruga Bancário os danos para a economia que representam as demissões. “É uma irresponsabilidade social. Quanto mais gente empregada, mais elas vão ter recursos para fazer a economia girar. Isso é importante para o país. Você vê que o auxílio emergencial foi fundamental nesse momento de crise. Se não fosse isso, estaríamos em uma situação muito pior. Quando as pessoas têm menos renda, o governo arrecada menos também. Se todas as empresas começarem a demitir, a economia vai encolher cada vez mais”, alertou a presidenta da Contraf-CUT.

Leia mais:

Bancários protestam contra demissões

Fonte: Contraf-CUT