A Contraf-CUT, sindicatos e federações voltam a negociar nesta segunda-feira, dia 25, às 14h, com a Federação Interestadual das Instituições de Crédito (Fenacrefi), em São Paulo. O objetivo é tratar da renovação do acordo específico dos financiários. As negociações começaram em junho com a entrega da pauta de reivindicações.

Nas rodadas anteriores, as financeiras apresentaram uma proposta insuficiente de reajuste (aumento real de cerca de 0,1%), que foi imediatamente rejeitada pelas entidades sindicais.

"Esperamos que nessa negociação a Fenacrefi venha com uma proposta que de fato valorize os trabalhadores", diz a secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Raquel Kacelnikas.

Raquel lembra que nos últimos anos as financeiras praticaram um índice de aumento real maior do que Fenaban. "Entendemos que as financeiras têm condições de dar aumento significativo. Queremos valorização no salário dos financiários, que de fato aumente seu poder de compra", ressalta.

Além do aumento real, a pauta de reivindicações da categoria inclui, entre outros pontos, cláusulas sobre assédio moral, fim das metas abusivas, isonomia de tratamento para casais homoafetivos e reajuste significativo no piso.

Piso

"Queremos que as financeiras acompanhem o desenvolvimento econômico do país e que agreguem valor no salário inicial do financiário, a exemplo do que foi conquistado pelos bancários nesta campanha salarial", lembra Raquel. Os bancários conquistaram 16,33% de aumento no salário de ingresso junto à Fenaban.

Assédio moral

Desde a campanha passada os financiários conquistaram a implantação do Programa de Treinamento de Gestores, que visa evitar atos que possam resultar em assédio moral e sexual. "Eles propuseram a implantação de um programa para evitar abusos. Achamos que isso tem de ser feito, mas temos de avançar. Além da orientação dos gestores, queremos que a Fenacrefi se comprometa com um processo de acompanhamento das denúncias e com prazos para a solução dos casos".

Raquel lembra que o assédio moral está diretamente relacionado às metas abusivas, cujo combate é outra cláusula de reivindicação.

Promotor de crédito

Outro ponto de discussão é a inclusão dos chamados "promotores de crédito" nas conquistas da categoria. "Entendemos que todos são financiários e têm os mesmos direitos", afirma Raquel.

A diretora sindical destaca que os promotores de crédito, uma categoria "inventada" pelas financeiras, cumprem exatamente a mesma função dos financiários, portanto, têm de ser incluídos na mesma pauta de reivindicação.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

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