Se as propostas forem adotadas , Citigroup, J.P. Morgan, Bank of America, Deutsche Bank, HSBC, BNP Paribas, Royal Bank of Scotland (RBS) e Barclays teriam que manter uma relação de capital nível 1 de 9,5%, segundo informaram duas pessoas a par das propostas.
Goldman Sachs, Morgan Stanley, UBS e Crédit Suisse ficariam uma categoria abaixo, enfrentando uma sobretaxa de 2% e uma relação mínima de 9%. Outros 10 a 15 bancos devem arcar com sobretaxas entre 0,5% e 2%, como parte do esforço para tornar mais resistentes as chamadas "instituições financeiras globais sistemicamente importantes". São essas instituições consideradas tão grandes e importantes para a economia mundial que provavelmente teriam que ser resgatadas pelos contribuintes se tivessem problemas.
As pessoas envolvidas no processo alertam que a lista pode sofrer mudanças quando as autoridades reguladoras se reunirem na Suíça no fim da semana que vem. Um lobby feroz vem sendo feito e as categorias propostas estão sendo compiladas com o uso de dados que, de certa forma, estão desatualizados e não refletem os esforços de alguns bancos para reduzir os riscos e eliminar ativos. Quando as sobretaxas forem recalculadas, os bancos que encolheram dramaticamente, como o Citigroup e o RBS, podem mudar para uma faixa inferior.
Negociadores japoneses e franceses vêm se esforçando para manter o Crédit Agricole, o Société Générale, o Mitsubishi UFJ, o Mizuho e o Sumitomo Mitsui fora das categorias mais altas. Não se sabe se terão sucesso.
As autoridades reguladoras ainda discutem qual parcela da sobretaxa terá de ser capital e até que ponto o capital contingencial – bônus que podem ser convertidos em ações em uma crise – seria um substituto aceitável.
A ideia é colocar cada instituição em uma "cesta", arcando com uma determinada sobretaxa baseada no tamanho, seu alcance global, complexidade estrutural e se outros bancos conseguiriam adquirir o negócio. Os bancos poderiam mudar de categoria na medida em que tamanho, estrutura e apetite por risco se alterassem.
Conforme o desenho, há uma "cesta vazia", acima da faixa mais alta que carregaria uma sobretaxa de pelo menos 3%, a fim de inibir o comportamento de risco.
Fonte: Brooke Masters e Patrick Jenkins – Financial Times