A Cassi, operadora de plano de saúde dos funcionários do Banco do Brasil, quer chegar em 2015 com 1 milhão de beneficiários, o que representa aumento de cerca de 30% em relação à carteira atual.

"Queremos ter um porte maior para ampliar nosso poder de negociação com clínicas, hospitais e laboratórios", disse Hayton Jurema da Rocha, presidente da Cassi, em sua primeira entrevista à imprensa desde que assumiu o cargo há dois anos.

O projeto de expansão chega após uma reestruturação na operadora, que fechou 2006 com déficit de R$ 22 milhões. Após esse resultado negativo, o Banco do Brasil fez um aporte de R$ 300 milhões distribuídos entre 2007 e 2010.

Nesse período, a Cassi aprimorou sua gestão e tornou-se mais rigorosa na administração das despesas. Os funcionários passaram a pagar 30% do valor da consulta e 10% dos exames a fim evitar uso excessivo do convênio médico.

Além disso, o Banco do Brasil aumentou sua parcela de contribuição de 3% para 4,5% sobre o valor do salário do funcionário para pagamento do plano de saúde.

Já em 2007, a Cassi voltou a ter resultados positivos. Em 2010, a operadora registrou receita bruta de R$ 2 bilhões e superavit de R$ 194 milhões. Mas o resultado final do balanço é fortemente beneficiado pelas receitas de aplicações financeiras que somaram R$ 111,2 milhões.

A Cassi tem reservas financeiras de aproximadamente R$ 1,3 bilhão. Uma das exigências da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é que os planos de saúde tenham reservas. A previsão é que em 2011, o faturamento da Cassi tenha atingido R$ 2,2 bilhões.

Nessa nova fase, a estratégia da operadora de saúde do Banco do Brasil é crescer por meio do Cassi Família – convênio médico voltado para os dependentes de segundo e terceiro graus dos funcionários e dos aposentados do banco.

Hoje, esse contingente é formado por 281 mil pessoas e a meta é saltar para 500 mil nos próximos três anos. O valor do Cassi Família varia de R$ 186 (até 18 anos) até R$ 1.200 (acima de 59 anos).

Os funcionários, dependentes diretos e aposentados do BB, que representam 490 mil beneficiários, têm um outro plano de saúde em que o titular paga 3% do salário. "Queremos crescer com o Cassi Família porque não podemos depender apenas de novas contratações do banco para aumentar nossa carteira", explicou.

De acordo com o presidente da Cassi, muitas pessoas com familiares que trabalham ou se aposentaram pelo BB desconhecem que podem ter o plano de saúde do banco. O BB possui 103 mil funcionários ativos e 83 mil aposentados.

Para reverter esse desconhecimento, a Cassi inicia neste mês uma campanha de divulgação e um programa em que o usuário do plano de saúde que indicar uma pessoa ganha 5 mil dotz, moeda de programa de fidelidade.

Fonte: Beth Koike – Valor Econômico

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