Categoria disse não à MP 905 com paralisação parcial de 75% das agências da capital

Nesta quinta-feira (21), bancárias e bancários da Paraíba retardaram a abertura do expediente ao público por uma hora em cerca de 75% das agências da capital, conforme aprovação da categoria na Plenária do dia anterior, no auditório do Sindicato dos Bancários da Paraíba. Durante os protestos, que fizeram parte do Dia Nacional de Luta Contra a Medida Provisória 905, os trabalhadores do ramo financeiro deixaram claro para a sociedade que estão dispostos a defender a manutenção da jornada de seis horas diárias e 30 horas semanais, o fim de semana remunerado de acordo com a Convenção coletiva de Trabalho (CCT) vigente, bem como a negociação da PLR através dos sindicatos.

Para o presidente do Sindicato, Lindonjhonson Almeida, a mobilização precisa atingir 100% da categoria e os bancários precisam estar conscientes que o aumento da jornada e o trabalho aos sábados representam apenas alguns dos prejuízos trazidos na MP 905/2019, editada pelo presidente Bolsonaro no dia 11.

“Avaliamos positivamente a atuação de bancários e bancárias nos protestos de hoje. Entretanto, precisamos avançar ainda mais para atingirmos 100% de mobilização e adesão espontânea da categoria nos protestos contra essa ‘Bolsa Patrão’ que altera cerca de 60 artigos e 150 dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), além de revogar outros 37. Na verdade, trata-se da continuidade da reforma trabalhista iniciada em 2017, que não gerou os empregos prometidos e volta agora ainda mais cruel, aumentando os prejuízos aos nossos direitos, a concentração de renda e a pobreza. Vamos continuar a visitar as agências para dialogar com a nossa base e também buscar apoio na sociedade, através das câmaras de vereadores e dos nossos deputados estaduais, federais e senadores. Afinal, essa luta é de todos, pois existem outras categorias da classe trabalhadora no alvo dessas medidas perversas. Esperamos que a forte mobilização de hoje em todo o país dê forças ao Comando Nacional dos Bancários para exigir dos bancos na negociação do dia 26, o respeito à CCT e a garantia dos nossos direitos até o fim da vigência, em 31 de agosto do ano vindouro”, concluiu Lindonjhonson.

Fonte: Seeb – PB

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