O presidente da CUT, Sérgio Nobre, afirmou ao portal da central que o dia 18 terá mobilizações em locais de trabalho, paralisações e atos pelo país. Ele afirmou que enquanto as medidas do governo retiram direitos sociais, a economia “patina”, sem sinal de recuperação, e o patrimônio nacional é posto à venda por preço irrisório.
“As filas para receber o Bolsa Família só aumentam, mais de 12 milhões de brasileiros e brasileiras estão desempregados e mais de 50% da população na informalidade. Isso sem contar o crescimento do número de pessoas em situação de rua em todo país. E para piorar não existe nenhuma política no sentido de reverter este cenário, pelo contrário”, afirma Sérgio Nobre, ressaltando o caráter anti-Estado de Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes. “Eles odeiam tudo que é público, tudo que é estatal, e não escondem isso”, afirma. E acrescenta que o país tem serviços públicos de qualidade, mas se não houver reação todos estão sob ameaça de destruição.
Na quarta-feira (26), as centrais já haviam divulgado nota sobre a situação política. Apesar das críticas, a questão do impeachment não está em pauta neste momento, de acordo com o dirigente da CTB.
O calendário definido anteriormente pelas centrais prevê atos também nos dias 8 e 14 de março, o primeiro pelo Dia Internacional da Mulher e o segundo em memória da vereadora Marielle Franco, cujo assassinato completará dois anos nesta data. Todos, além da pauta específica própria, ganharam novo peso após a gravidade das convocações ao ato pró-bolsonaro.
Eles voltarão a organizar um 1º de Maio unificado. Na próxima terça-feira (3 de março), as entidades participam ainda de reunião com partidos e organizações sociais em defesa do Estado democrático de direito, marcado para o Congresso Nacional.