A Central Única dos Trabalhadores (CUT), demais centrais sindicais e os movimentos sociais que compõem as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo se reúnem nesta quinta-feira (4) para debater um calendário de atividades contra as reformas da Previdência e trabalhista, além de outros projetos com potencial para promover uma verdadeira devassa nos direitos dos trabalhadores que tramitam no Congresso Nacional. “Mas não vai fugir muito da ocupação de Brasília, quando da votação da reforma da Previdência, e pressionar deputados e senadores nos seus gabinetes, nos seus redutos eleitorais, nos seus estados”.
A reunião ocorre um dia depois da reunião entre as centrais sindicais e o senador Renan Calheiros (PMDB/AL), líder do partido do Senado, que parabenizou as centrais pela Greve Geral realizada na sexta-feira (28/4) e ressaltou que o processo legislativo precisa caminhar “com os ouvidos colados nas ruas”. O senador disse que “em primeiro lugar, é preciso ouvir o povo, os trabalhadores” e que “é evidente que, na medida em que houver mobilização, teremos o reflexo disso aqui no Senado”.
Além da PEC da reforma da Previdência, Renan criticou pontos da Lei da Terceirização e do projeto de reforma trabalhista. O senador também ressaltou a importância das mobilizações, se colocou à disposição para encaminhar propostas consensuais e comparou o que está acontecendo hoje no país com o período do presidente Artur Bernardes (1922 a 1926), considerado o governo da vingança.
Para Vagner Freitas, presidente nacional da CUT, o recado das ruas foi um sinal de alerta aos parlamentares aliados ao governo de Michel Temer. “A adesão dos ramos e categorias à greve geral mostrou ao país que quem votar nessas reformas não volta a ocupar um cargo no legislativo”. Além das mobilizações, Freitas lembrou que pesquisas de opinião pública apontam que os brasileiros são contra estas propostas do governo “Mais de 70% dos trabalhadores entrevistados são absolutamente contra todas essas reformas. Essa é uma pauta impopular e a sociedade está sendo aviltada com esses projetos sendo votados a toque de caixa”.
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Fonte: Contraf-CUT