A União Geral dos Trabalhadores (UGT), uma das maiores centrais sindicais da Espanha, convocou nesta quinta-feira, dia 13, uma greve geral no setor público espanhol para o dia 2 de junho, em protesto ao corte salarial dos funcionários anunciado pelo presidente do Governo, José Luis Rodríguez Zapatero.

De acordo com um comunicado da Federação de Serviços Públicos da União Geral dos Trabalhadores (FSP-UGT), a greve geral seria precedida de mobilizações e protestos que começariam em 20 de maio.

Na quarta-feira, Zapatero pediu um "esforço nacional e coletivo" diante da crise financeira após apresentar um plano de redução do déficit público, incluindo o corte de 5% dos salários dos funcionários públicos e o congelamento das pensões.

O plano consiste em cortes adicionais que buscam acelerar a redução do déficit público e situá-lo ao nível de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, por meio da redução dos gastos de 15 bilhões de euros entre 2010 e 2011.

Para conseguir esse objetivo, o Executivo reduzirá em 5% os salários dos funcionários públicos neste ano e os congelará em 2011, assim como em 15% os do Governo.

O corte de 5% nos salários do funcionalismo público é o primeiro aprovado por um Governo na Espanha, mas que nos últimos 20 anos teve seu salário congelado em duas ocasiões.

No total, 2,6 milhões de funcionários serão afetados pela medida, atingindo principalmente as comunidades autônomas de Madri e Andaluzia – as que mais possuem cargos públicos.

Além disso, Zapatero aprovou um corte do salário dos deputados e senadores.

O líder também suspenderá em 2011 a revalorização das pensões, exceto as não-contributivas e as mínimas, o que significa que não serão atualizadas no ano que vem de acordo com a inflação. O congelamento de pensões para o próximo ano encerra 25 anos de altas garantidas por lei.

Além disso, o Governo suprimirá a partir de 2011 o chamado "cheque-bebê", um benefício de 2,5 mil euros por nascimento ou adoção de um filho.

Tal prestação foi uma das medidas de maior destaque da política social do Governo socialista, anunciada em julho de 2007.

Essas são as três principais medidas anunciadas por Zapatero em presença extraordinária hoje no Congresso dos Deputados, onde as considerou "imprescindíveis" para reforçar a confiança na economia espanhola e contribuir para a estabilidade da zona do euro.

Fonte: EFE

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