Cerca de 12 mil vigilantes do Distrito Federal entraram em greve desde as 20h de segunda-feira, dia 25. Segundo o Sindicato dos Empregados em Empresas de Segurança e Vigilância (Sindesv), o número corresponde a 80% destes profissionais que trabalham em bancos, hospitais e prédios públicos do DF e pode afetar o funcionamento desses órgão. A greve foi decidida em assembleia realizada ontem.

Segundo o presidente do Sindesv, Jervalino Rodrigues Bispo, a paralisação está mantida devido à resistência dos empregadores em não atender às reivindicações da categoria. Os vigilantes exigem o reajuste de 15%, o que elevaria o piso de R$ 1.080,00 para R$ 1.242,00. Os profissionais pedem, ainda, que sejam reajustados o vale-alimentação, de R$ 9,55 para R$ 15, dentre outros.

Procurada pela reportagem do Coletivo, a assessoria da Caixa garantiu a normalidade do atendimento em todas as agências. A assessoria do Banco do Brasil informou que 40% das agências não estão funcionando. A reportagem não conseguiu contato com as demais instituições bancárias.

A greve também atinge outras instituições, além das financeiras. A Biblioteca Nacional de Brasília (BNB), por exemplo, suspendeu o atendimento até o fim da greve.

Apoio dos bancários

O Sindicato dos Bancários de Brasília apóia a luta dos vigilantes e estará acompanhando durante toda a greve a situação de segurança nos bancos e demais instituições financeiras. A greve também conta com o apoio da CUT-DF e de vários sindicatos do Distrito Federal.

"Além de apoiar a legítima luta dos companheiros vigilantes nossa preocupação é com a segurança dos bancários e bancárias", afirmou Rodrigo Britto, presidente do Sindicato.

Segundo a lei federal 7.102/83 e a Portaria 387/2006 da Polícia Federal, é vedado o funcionamento de instituições financeiras sem as condições de segurança para isso. A lei é explícita quanto à presença dos vigilantes como parte destas condições. Portanto, a orientação do Sindicato é que, nas dependências sem vigilantes, as portas têm que estar totalmente fechadas, não havendo nenhum tipo de atendimento. Os bancários devem entrar apenas para registrar o ponto e não permanecer no local preservando sua segurança e integridade física.

Nas dependências em que haja a presença de vigilantes, a orientação é que haja, no máximo, funcionamento interno sem nenhum tipo de atendimento ao público. Como haverá muitas agências bancárias fechadas, a atração de demanda para agências eventualmente abertas aumenta sobremaneira os riscos agravando as condições de segurança nos bancos.

Lembramos que os bancos e gestores que infringirem a lei, além do pagamento de multas, poderão ser responsabilizados criminalmente por eventuais problemas decorrentes da falta de segurança.

Caso a lei não seja cumprida, ou haja a pressão de gestores para que os bancários trabalhem sem condições, ligue para o Sindicato e denuncie: 3262-9018.

Todo apoio à greve dos vigilantes!

Sindicato dos Bancários de Brasília

Fonte: Jornal Coletivo e Seeb Brasília