Cerca de 630 mil brasileiros vivem com HIV em todo o país – desses, 255 mil não sabem que foram infectados. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (1º) pelo Ministério da Saúde.

De acordo com a pasta, o número de testes de HIV distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) passou de 3,3 milhões, em 2005, para 8,9 milhões em 2009. O índice de testagem para HIV em todo o país, no ano passado, foi de 38,4%.

Além de conscientizar jovens sobre comportamentos seguros de prevenção, a campanha desenvolvida este ano pelo Ministério da Saúde para o Dia Mundial de Luta contra a Aids pretende chamar a atenção da sociedade em geral para a importância de realizar testes periódicos que possibilitem o diagnóstico da doença. Esses exames devem ser feitos após situações de risco, como o uso compartilhado de seringas por usuários de drogas ou relações sexuais sem preservativos.

Dados do ministério mostram que no Brasil cerca de 630 mil pessoas vivem com o HIV. Referente ao primeiro semestre de 2009, o número é estimado, pois são notificados apenas os casos de soropositivos que tomam medicamento antirretrovirais.

De acordo com diretor adjunto do Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde, Eduardo Barbosa, esse número deve aumentar, já que o número de pessoas com vida sexualmente ativa que fizeram o teste pelo menos uma vez passou de 40%, em 2009, para 60% em 2010.

– Esse aumento é o reflexo das campanhas incentivando a população a realizar o teste.

Segundo ele, o Estado deve oferecer estrutura para que os portadores do vírus tenham acesso ao tratamento, assim como fortalecer políticas de prevenção, principalmente para os grupos de maior vulnerabilidade. Uma das metas do ministério é ampliar o número de testes de HIV por meio do programa Fique Sabendo. Os exames para detectar o vírus são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de forma sigilosa e gratuita.

Os laboratórios da rede particular também fazem o teste. Nos centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), que são unidades da rede pública, os exames podem ser feitos. Barbosa ainda ressalta a importância da expansão do programa Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE). Ele diz que, embora o jovem tenha alto grau de conhecimento sobre o que é o vírus HIV e a importância do uso da camisinha, muitos mantêm relações sexuais sem o uso do preservativo.

A campanha do Ministério da Saúde também procura enfatizar os cuidados para evitar a transmissão entre lésbicas, gays, bissexuais e travestis.

Entre os objetivos da campanha, que será lançada hoje (1º), está a desconstrução do preconceito sobre as pessoas vivendo com HIV. O tema é O Preconceito como Aspecto de Vulnerabilidade ao HIV/Aids.

Fonte: Agência Brasil

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