“Esse tipo de medida deixa clara a complexidade dos serviços repassados aos correspondentes bancários. É muita responsabilidade nas mãos de funcionários de pequenos comércios, que não têm estrutura para lidar com esse tipo de serviço. É um grande risco não só para os clientes e para esses trabalhadores, mas para toda a sociedade”, alerta o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.
A ABBC está estruturando uma certificação para os correspondentes equivalente àquela que a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais) disponibiliza para os gerentes de bancos. Os cursos (o primeiro será de combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo) serão dados pela internet e atendem a uma legislação do Banco Central que determina esse tipo de formação para todos os funcionários diretos e terceirizados das instituições financeiras.
O curso mais amplo, que envolve riscos da atividade, está sendo estruturado pela Fundação Instituto de Administração (FIA), da Universidade de São Paulo, e estará pronto dentro de dois meses.
“O fenômeno do crescimento vertiginoso da quantidade de correspondentes por todo o país atendeu pura e simplesmente ao interesse dos bancos de lucrar cada vez mais, pois desta forma eles evitam a contratação de bancários e aumentam sua receita. Agora eles estão tentando consertar o que começou errado, deixando clara a irresponsabilidade de deixar a cargo de estabelecimentos comerciais de outra natureza a realização de serviços financeiros específicos, que só deveriam ser feitos dentro de agências bancárias”, ressalta o dirigente sindical.
Fonte: SEEB – SP