Apesar da redução mensal, a elevação dos preços acumulada no primeiro semestre ainda não foi compensada Em todas as cidades pesquisadas, os moradores pagaram mais em junho do que em janeiro pelos mesmos produtos. As maiores variações foram registradas em Recife (21,8%), Goiânia (16,8%), Natal (13,8%), João Pessoa (13,6%) e Salvador (13,4%).
As capitais onde a cesta básica custa mais caro são São Paulo (R$ 249,06), Porto Alegre (R$ 248,15) e Manaus (R$ 236,57). Já as cidades mais baratas são Fortaleza (R$ 181,92), Aracaju (R$ 184,17) e João Pessoa (R$ 193,94).
Considerando o maior custo registrado (R$ 249,06) e o preceito constitucional de que o salário mínimo deve ser suficiente para que um trabalhador supra as necessidades familiares com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima que o salário mínimo, em junho, deveria ser de R$ 2.092,36 (quatro vezes maior do que o valor atual, de R$ 510). Em maio, o departamento havia apontado a necessidade de o trabalhador receber R$ 2.157,88 ao mês.
Tomando mais uma vez São Paulo por base, os pesquisadores calcularam que o brasileiro teve que trabalhar, em média, 94 horas e 56 minutos para ganhar os R$ 249,06 necessários à aquisição dos itens considerados essenciais: carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão, café, banana, açúcar, óleo e manteiga. Menos tempo, portanto, do que as 97 horas e 39 minutos registradas em maio deste ano. Mas ainda acima das 90 horas e 14 minutos que o trabalhador cumpria em junho de 2009 para adquirir os mesmos itens da cesta básica.
Fonte: Agência Brasil