Os produtos da cesta básica ficaram mais caros, em novembro, nas 17 capitais em que o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) faz o acompanhamento de preços. A maior correção foi constatada em Manaus (9,28%), onde o valor subiu para R$ 250,56, seguida por Fortaleza (8,03%), capital em que a cesta passou a custar R$ 208,91.

No entanto, a cidade de São Paulo permanece no topo da lista com o maior valor – R$ 264,61 ou 4,26% acima do registrado em outubro. Porto Alegre aparece na terceira posição, com a cesta custando R$ 249,78, embora tenha apresentado a menor correção entre as 17 capitais pesquisadas (1,04%).

Entre os itens que mais pressionaram o valor da cesta básica estão a carne, o açúcar e o óleo de soja.

No acumulado do ano, a maior correção ocorreu em Goiânia (23,79%), onde o valor chegou a R$ 236,06. Nos últimos 12 meses, Recife foi a capital que teve o ajuste mais expressivo – de 17,29% e custo de R$ 206,32.

O levantamento mostra ainda que os menores valores foram encontrados em Aracaju, com R$ 179,78 e reajuste de 4,28%, e João Pessoa, com R$ 193,49 e alta de 3,84%.

Mínimo do Dieese deveria atingir R$ 2.222,99

Pelos cálculos do Dieese, em novembro, o salário mínimo deveria atingir R$ 2.222,99 para que o trabalhador pudesse arcar com o custo das despesas essenciais da família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene pessoal, transporte, lazer e previdência. Esse teto é mais de quatro vezes superior ao salário mínimo atual (R$ 510) e também ficou acima do valor estimado no mês passado ( R$ 2.132,09).

Para comprar os produtos, o trabalhador que ganha o salário mínimo deveria cumprir uma jornada de 98 horas e 12 minutos, em média, bem acima do tempo estimado em outubro (94 horas e 11 minutos). O comprometimento da renda passou de 46,53% para 48,52%.

Fonte: Seeb São Paulo

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