Pelos números apresentados, a classe média que representava, em 2003, 37% da população (66 milhões de habitantes) crescerá até 2014 para 56% (113 milhões). Por outro lado, a classe E cairá de 28% (49 milhões) para 8% (16 milhões). Os cidadãos com melhores condições de renda (classe A) passarão de 8% (13 milhões) para 16% (31 milhões) e a classe D será reduzida de 27% (47 milhões), em 2003, para 20% (40 milhões), em 2014.
O documento destaca ainda que, de 2002 até agora, o poder de compra das classes sociais de menor renda evoluiu constantemente. Por essa análise, a expectativa do Ministério da Fazenda é que a participação das classes C e D aumente no ranking de potencial de consumo.
Uma das justificativas dos técnicos é o reflexo das condições favoráveis da economia "para as camadas de menor renda". Tiveram influência o "aumento do salário mínimo, o controle da inflação, a geração de empregos, os benefícios sociais, como o Programa Bolsa Família", destaca o relatório.
Outros indicadores
O Ministério da Fazenda estima crescimento econômico médio de 5,7% ao ano, a partir de agora. A perspectiva é que esse crescimento se mantenha até 2014.
A estimativa de crescimento da economia brasileira em 2010 foi mantida em 6,5%. A estimativa do mercado financeiro é que o Produto Interno Bruto (PIB) fique em 7,12% neste ano, segundo o boletim Focus, editado pelo Banco Central (BC) e divulgado ns terça-feira (9). Já o relatório de inflação do BC indica crescimento de 7,3% em 2010.
De acordo com o documento do Ministério da Fazenda, a economia brasileira retomou rapidamente um ciclo de crescimento registrando expansão de 2,7% no primeiro trimestre de 2010 e de 11,4% em termos anualizados.
Com relação à inflação, o Ministério da Fazenda manteve a estimativa de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feche 2010 em 5,2%. A estimativa do mercado, divulgada ontem pelo Focus, foi de 5,19%.
Fonte: Agência Brasil