O analista de sistemas Thiago Trivelato, 27 anos, está com a conta com saldo negativo desde o dia 24 de maio, quando houve a pane no sistema do banco Itaú. "E não há meio de resolver", comenta.
 

Ele detalha que, do dia para a noite, o saldo da sua conta caiu de R$ 40 para R$ 623. No extrato, consta que houve uma transferência para a "conta investimento". "E eu não tenho investimento. Tenho apenas uma conta salário", diz.

Segundo ele, o banco assume o erro mas diz que não poderá reembolsá-lo. "E eu não sei o que fazer. Gravei as minhas conversas com o gerente do banco e anotei todos os protocolos gerados pela central de atendimento, mas não há meio de resolver o problema."

Procurado pela reportagem, o banco afirma que "não há erro no saldo atual do Sr. Thiago. Os valores atualmente existentes têm como origem as transações bancárias realizadas por ele." O analista de sistema, no entanto, com o extrato na mão, é enfático: "Não devolveram meu dinheiro."

Thiago é um dos poucos casos de correntistas do Itaú que ainda não tiveram o problema resolvido.

Clientes da Caixa, como a empresária Priscilla Folster, de 30 anos, enfrentaram problema diferente com o banco. No último fim de semana do mês de maio, em todo o País, os correntistas ficaram sem a possibilidade de sacar e de usar o cartão de débito do banco estatal.

Priscilla, que mantém suas contas de pessoa física e jurídica na Caixa, relata "situação constrangedora" ao não conseguir pagar a conta no posto de gasolina porque o sistema do banco estava indisponível. "Não tinha de onde tirar o dinheiro. Por sorte tenho uma amiga que mora perto do posto em que eu estava e ela foi até lá pagar a minha conta", afirma.

Os correntistas da Caixa consultados contam que é comum encontrar o sistema do banco fora do ar a partir da meia-noite. Em geral, a função débito do cartão não funciona. "Esse problema acontece tantas vezes que decidi fechar a minha conta no banco e abrir em outro", diz o publicitário Estevan Petyk de 23 anos e que mora em Curitiba.

O Procon esclarece que todos os clientes que tiveram situações parecidas podem entrar na Justiça e solicitar indenização.

Fonte: Roberta Scrivano – O Estado de São Paulo

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