Mesmo com mais de 500 aposentados sentados nas galerias do plenário da Câmara dos Deputados, desde as 14h de quarta-feira, dia 4, à espera da votação do reajuste para aqueles que ganham mais de um salário mínimo, a apreciação do projeto que trata da assunto foi adiada mais uma vez. Isso porque o relator da Medida Provisória nº 466, deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), travou a pauta da casa ao pedir prazo de uma sessão para apresentar seu parecer sobre o texto que trata do setor elétrico.
"Apoiamos a reivindicação dos aposentados, que tanto contribuíram para o país e agora merecem ser reconhecidos", diz o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino. "Quando discutimos a política de recuperação do salário mínimo, houve um compromisso de fazer também um acordo permanente para corrigir as demais aposentadorias acima do mínimo. O momento chegou", disse Marcolino, que também destaca a defesa pelo fim do fator previdenciário.
O presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), concedeu prazo de uma sessão. "Não há como negar o pedido do relator, que é regimental." Ao pedir o adiamento, Bacelar fez elogios aos aposentados, mas ressaltou que não tinha como dar o parecer às emendas do Senado à MP. "Essa MP é a mais importante do setor elétrico brasileiro."
Como a MP 466 está trancando a pauta, nenhuma outra matéria poderá ser votada antes dela. Com isso, a votação do reajuste dos aposentados foi adiada. Os trabalhadores inativos ouviram o relator e o presidente da Câmara em silêncio, mas, em seguida, gritaram diversas vezes para que os deputados votassem o reajuste. Depois, cantaram o Hino Nacional.
Fonte: Seeb São Paulo