Segundo Coutinho, a chave para o crescimento está no investimento empresarial em pesquisa e desenvolvimento. "A grande deficiência está na insuficiência do esforço do setor privado. O Brasil vem melhorando, mas precisa acelerar, pois os objetivos são ambiciosos. Um engajamento amplo do setor privado leva a um salto em matéria de inovação", disse o presidente do BNDES, citando áreas estratégicas onde o país pode ter grandes vantagens competitivas, como desenvolvimento de software e biocombustíveis.
O ex-ministro do Desenvolvimento Luiz Fernando Furlan participou do fórum e também demonstrou preocupação com as divergências internacionais no câmbio, que podem afetar negativamente a economia brasileira, especialmente o segmento exportador.
"Guerra cambial é uma assunto grave, que afeta principalmente alguns segmentos de produção maciça de produtos industrializados. As commodities estão tendo uma defesa natural pelo aumento da demanda, com o crescimento do preço. No caso dos industrializados, como eletroeletrônicos, confecções e calçados, acabam sendo vitimados, porque a competição torna-se desleal", afirmou Furlan. "No caso dos eletroeletrônicos, especialmente os eletroportáteis, a indústria brasileira tende a desaparecer", alertou.
Perguntado se poderia participar na montagem do novo governo, Furlan afirmou que a possibilidade não estava em seus planos. "Eu considero muito prazerosa minha passagem pelo governo. Tenho muito boas lembranças e não tenho saudades. Não fui convidado e também não estou disponível", disse.
O Fórum Nacional especial prossegue até amanhã (11), reunindo lideranças políticas e econômicas, sob a condução do ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso.
Fonte: Agência Brasil