Crédito: Agnaldo Azevedo
Agnaldo Azevedo
O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, entregou na manhã desta quarta-feira (17) à direção do Banco do Brasil, em Brasília, a pauta de reivindicações específicas da Campanha Nacional 2011. Definida no 22º Congresso Nacional dos Funcionários do BB, realizado em São Paulo em julho, a minuta traz como prioridades itens como o fim do voto de minerva da Previ, combate ao assédio moral, fim das metas abusivas e dos descomissionamentos, mais contratações, Cassi e Previ para todos os trabalhadores dos bancos incorporados e reforço do caráter público do BB, entre outros.

O lucro exorbitante alcançado pelo BB nos últimos meses foi lembrado pelo Comando. Segundo o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, esse crescimento é a prova de que chegou a hora de dar um salto maior nas conquistas do que foi dado na última campanha. "Se o Brasil quer avançar, temos que deixar de buscar só o desenvolvimento econômico e buscar o desenvolvimento de forma geral, em todas as áreas. Esse é o momento de levar para a sociedade o debate em relação ao papel dos bancos", defendeu.

Cordeiro também criticou o assédio moral sofrido pelos funcionários e reiterou o compromisso de lutar pelo fim dessa prática desumana. "O que mais tem nos preocupado é essa forma violenta de fazer os bancários cumprirem as metas. Infelizmente o BB está mais preocupado em disputar com os bancos privados do que em ser um banco público e por isso acaba tratando os funcionários dessa forma", criticou.

"Na mesma proporção dos balanços positivos que o banco vem apresentando, queremos uma negociação que dê resultados frutíferos para o funcionalismo. Vamos discutir as questões econômicas, mas devemos principalmente melhorar as condições de trabalho com mais contratações e combater a violência organizacional e o assédio moral com respeito e valorização dos bancários", destacou o presidente da Contraf-CUT.

Para o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB e diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo, também precisam ser resolvidas questões relacionadas ao plano de cargos comissionados, que devem ser tratadas especialmente na mesa de negociação. "Temos acompanhado diversos problemas de pessoas que precisam trabalhar mesmo estando doentes por medo de perder a comissão", lembrou.

"Também queremos ampliar as conquistas no PCR, discutir uma revisão no PCC com respeito à jornada do bancário, resolver as pendências dos funcionários egressos de bancos incorporados com tratamento igualitário tanto nos benefícios quanto no acesso aos planos de saúde e previdência, maior proteção aos funcionários afastados por doenças, e várias outras propostas de interesse dos bancários do BB", enumerou Araújo.

Também participou do evento William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e funcionário do BB, entre outros dirigentes bancários de todo o país.

Fonte: Pricilla Beine – Seeb Brasilia

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