"A categoria já definiu o que quer nas consultas, nas conferências regionais, na Conferência Nacional e nas assembleias. E tem grande expectativa de conquistar aumento real de salário e novos direitos na campanha deste ano", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. "Com os lucros astronômicos que continuam tendo, apesar da crise, os bancos têm plenas condições de atender as reivindicações dos bancários."
O que os bancários querem
As principais reivindicações da categoria, aprovadas na Conferência Nacional realizada entre 17 e 19 de julho e ratificada pelas assembleias, são as seguintes:
Reajuste salarial de 10% (reposição da inflação mais aumento real).
PLR de três salários mais R$ 3.850.
Valorização dos pisos:
Portaria: R$ 1.432.
Escriturário: R$ 2.047 (salário mínimo do Dieese).
Caixa: R$ 2.763,45.
Primeiro comissionado: R$ 2.763,45.
Primeiro gerente: R$4. 605,73.
Auxílio-refeição: R$ 19,25.
Cesta-alimentação: R$ 465,00 (um salário mínimo).
13ª cesta-alimentação: R$ 465,00.
Auxílio-creche/babá: R$ 465,00.
Fim das metas abusivas e do assédio moral.
Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos, negociado com as entidades sindicais.
Contratação da remuneração total, inclusive a parte variável, com a incorporação dos valores aos salários e reflexo em todos os direitos (13º, férias e aposentadoria) – com o objetivo de acabar com as metas abusivas.
Garantia de emprego, fim das terceirizações e ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que proíbe demissões imotivadas.
Mais segurança nas agências.
Auxílio-educação para todos.
Ampliação da licença-maternidade para seis meses.