Minuta foi aprovada na 14ª Conferência Nacional dos Bancários
O Comando Nacional dos Bancários, coordenado Contraf-CUT, entrega nesta quarta-feira (1º), às 17h30, a pauta nacional de reivindicações para a Fenaban, em São Paulo, buscando a renovação com avanços da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que é válida para funcionários de bancos públicos e privados de todo país e completa 20 anos em 2012. As primeiras negociações já estão agendadas para os dias 7 e 8, 15 e 16.
Lucros permitem avanços econômicos e sociais
Segundo o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, Carlos Cordeiro, "os balanços já divulgados do primeiro semestre mostram que os bancos continuam lucrando muito, apesar do terrorismo com a sociedade e das altas provisões para devedores duvidosos". Para ele, "os bancos não têm motivos para recusar as reivindicações da categoria".
"Vamos intensificar a mobilização em todo país, dialogar com a sociedade e mostrar a força da unidade nacional da categoria para buscar novas conquistas econômicas e sociais", aponta Cordeiro.
Os bancários reivindicam reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5% mais a reposição da inflação projetada de 4,97% para o período), piso de R$ 2.416,38 (salário mínimo calculado pelo Dieese), participação nos lucros ou resultados (PLR) de três salários mais parcela fixa adicional de R$ 4.961,25, além de vales-refeição, cesta-alimentação e auxílio-creche no valor de R$ 622 cada.
"Também buscamos melhores condições de trabalho e defendemos o fim das metas abusivas para venda de produtos, o combate ao assédio moral, igualdade de oportunidades e mais segurança contra assaltos e sequestros com a instalação de portas giratórias em todas as agências e postos de atendimento, dentre outras medidas", aponta o dirigente sindical.
A ampliação e melhoria do emprego é outra demanda importante dos trabalhadores. "Queremos mais contratações, fim da política de rotatividade e das terceirizações, além do respeito à jornada de trabalho de seis horas para todos os bancários", destaca Cordeiro.
"Além disso, propomos a universalização dos serviços financeiros para todos os brasileiros, através da abertura de agências e postos de atendimento, com segurança e proteção ao sigilo bancário", salienta o sindicalista. "A categoria defende ainda a redução dos juros, spread e tarifas, visando o barateamento do crédito e a melhoria do atendimento da população", ressalta.
Antes da entrega da minuta, ocorre uma reunião preparatória do Comando Nacional, às 10h, na sede da Contraf-CUT.
Principais reivindicações dos bancários
> Reajuste salarial de 10,25%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação projetada de 4,97% nos últimos 12 meses.
> PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.
> Piso da categoria equivalente ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38).
> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
> Auxílio-educação para graduação e pós-graduação.
> Auxílio-refeição e cesta-alimentação, cada um igual ao salário mínimo nacional (R$ 622,00).
> Emprego: aumentar as contratações, acabar com a rotatividade, fim das terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe demissões imotivadas) e universalização dos serviços bancários.
> Cumprimento da jornada de 6 horas para todos.
> Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral para preservar a saúde dos bancários.
> Mais segurança nas agências e postos bancários.
> Previdência complementar para todos os bancários.
> Contratação total da remuneração, o que inclui a renda variável.
> Igualdade de oportunidades.
Fonte: Contraf-CUT