Crédito: Contraf-CUT
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Minuta foi aprovada na 14ª Conferência Nacional dos Bancários

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado Contraf-CUT, entrega nesta quarta-feira (1º), às 17h30, a pauta nacional de reivindicações para a Fenaban, em São Paulo, buscando a renovação com avanços da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que é válida para funcionários de bancos públicos e privados de todo país e completa 20 anos em 2012. As primeiras negociações já estão agendadas para os dias 7 e 8, 15 e 16.

A data-base da categoria é 1º de setembro. A pauta foi aprovada na 14ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada de 20 a 22 de julho, em Curitiba, com a participação de mais de 600 delegados de todo Brasil, após processo de consultas, assembleias, encontros e conferências regionais preparatórias.

Lucros permitem avanços econômicos e sociais

Segundo o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, Carlos Cordeiro, "os balanços já divulgados do primeiro semestre mostram que os bancos continuam lucrando muito, apesar do terrorismo com a sociedade e das altas provisões para devedores duvidosos". Para ele, "os bancos não têm motivos para recusar as reivindicações da categoria".

"Vamos intensificar a mobilização em todo país, dialogar com a sociedade e mostrar a força da unidade nacional da categoria para buscar novas conquistas econômicas e sociais", aponta Cordeiro.

Os bancários reivindicam reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5% mais a reposição da inflação projetada de 4,97% para o período), piso de R$ 2.416,38 (salário mínimo calculado pelo Dieese), participação nos lucros ou resultados (PLR) de três salários mais parcela fixa adicional de R$ 4.961,25, além de vales-refeição, cesta-alimentação e auxílio-creche no valor de R$ 622 cada.

"Também buscamos melhores condições de trabalho e defendemos o fim das metas abusivas para venda de produtos, o combate ao assédio moral, igualdade de oportunidades e mais segurança contra assaltos e sequestros com a instalação de portas giratórias em todas as agências e postos de atendimento, dentre outras medidas", aponta o dirigente sindical.

A ampliação e melhoria do emprego é outra demanda importante dos trabalhadores. "Queremos mais contratações, fim da política de rotatividade e das terceirizações, além do respeito à jornada de trabalho de seis horas para todos os bancários", destaca Cordeiro.

"Além disso, propomos a universalização dos serviços financeiros para todos os brasileiros, através da abertura de agências e postos de atendimento, com segurança e proteção ao sigilo bancário", salienta o sindicalista. "A categoria defende ainda a redução dos juros, spread e tarifas, visando o barateamento do crédito e a melhoria do atendimento da população", ressalta.

Antes da entrega da minuta, ocorre uma reunião preparatória do Comando Nacional, às 10h, na sede da Contraf-CUT.

Principais reivindicações dos bancários

> Reajuste salarial de 10,25%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação projetada de 4,97% nos últimos 12 meses.

> PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.

> Piso da categoria equivalente ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38).

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação para graduação e pós-graduação.

> Auxílio-refeição e cesta-alimentação, cada um igual ao salário mínimo nacional (R$ 622,00).

> Emprego: aumentar as contratações, acabar com a rotatividade, fim das terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe demissões imotivadas) e universalização dos serviços bancários.

> Cumprimento da jornada de 6 horas para todos.

> Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral para preservar a saúde dos bancários.

> Mais segurança nas agências e postos bancários.

> Previdência complementar para todos os bancários.

> Contratação total da remuneração, o que inclui a renda variável.

> Igualdade de oportunidades.

Fonte: Contraf-CUT

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