O Comando Nacional dos Bancários decidiu orientar as assembleias sindicais a aprovarem a proposta apresentada pela Caixa porque ela assegura importantes conquistas na Campanha 2010, que vão do aumento real de salário à valorização do piso, passando pela PLR extra.

Grande avanço nas discussões com a Caixa foi a elevação do piso da carreira administrativa. No piso de ingresso, o reajuste proposto é de 10,19%, o que o eleva para R$ 1.600 durante o estágio probatório. Para o empregado com tempo de trabalho superior a 90 dias, será procedida a sua mudança da referência 201 para a 202, tendo por resultado um reajuste de 12,74% no piso salarial. Essa sistemática de mudança da referência após 90 dias passa a ser praticada daqui pra frente. Até então, a mudança só se dava após dois anos de trabalho.

Nas demais referências, além dos 7,5% de reajuste, será agregado um valor linear de R$ 39. Isso resulta em reajustes que variam de 8,4% a 12,74% nos valores da tabela.

A carreira profissional também terá enquadramento automático no segundo nível, após conclusão do contrato de experiência de 90 dias, saindo da referência 801 para 802 de sua tabela.

A representação dos empregados cobrou a promoção por mérito de 2009 e obteve da Caixa a garantia de aplicação de um delta para todos, retroativamente a janeiro deste ano.

PLR da Fenaban mais PLR extra

Além pagar a PLR conquistada na mesa Fenaban, a Caixa concordou ainda com a reivindicação de PLR Social feita pelo Comando Nacional e pela Contraf-CUT-CEE/Caixa. Essa PLR extra correspondente à distribuição linear de 4% do lucro líquido.

"Estas são conquistas da força da nossa mobilização, da greve forte que fizemos nacionalmente, com participação dos trabalhadores dos bancos públicos e privados, numa unidade que se fez sentir tanto na mesa de negociação com a Fenaban como nas discussões com a Caixa. Temos que valorizar muito o que estamos assegurando nessa campanha de 2010, para seguirmos ainda mais confiantes nos avanços da nossa luta coletiva", frisa Jair Pedro Ferreira, coordenador da CEE/Caixa.

Os dias não trabalhados não serão descontados e poderão ser compensados a partir da assinatura do acordo e até o dia 15 de dezembro de 2010. A compensação deverá ser de, no máximo, duas horas por dia, não podendo ser computados sábados, domingos e feriados e nem as horas extras já praticadas. Além disso, a Caixa vai devolver os valores referetes aos dias descontados nas greves de 2007 e 2008, mediante acordo com relação às ações judiciais.

Além do reajuste que representa aumento real de 3,1%, da significativa elevação do piso, do delta de promoção e da PLR extra, a proposta da Caixa que o Comando orienta as assembléias a aprovarem contém ainda os seguintes avanços:

* Elevação do auxílio para escola especializada para filho deficiente, de R$ 150 para R$ 261,33;

* Inclusão dos empregados, aposentados e pensionistas no programa de relacionamento para a redução dos juros do cheque especial;

* Isenção de anuidade dos cartões de crédito Mastercard e Visa nas modalidades existentes em 1 de setembro;

* Ampliação da idade da criança adotada na licença adoção de 8 anos incompletos para 12 anos incompletos;

* Freqüência bimestral para as reuniões dos comitês de acompanhamento do credenciamento e descredenciamento do Saúde Caixa;

* Discussão do Plano de Funções Gratificadas (PFG) e PSI na mesa permanente;

* Comissão paritária para discutir das pendências no SIPON;

* Inclusão, para diagnóstico no PCMSO, dos exames de mamografia e de Papanicolau para as mulheres e, para os homens, de próstata, em caso de PSA alterado;

* Inclusão, como dependente direto do Saúde Caixa, do filho maior de 21 anos com deficiência permanente e incapaz;

* Ampliação de 4,6 mil para 5 mil bolsas graduação. E de 2,6 mil para 3 mil as bolsas idioma;

* Garantia de que a promoção por mérito referente ao ano de 2010 será paga em março de 2011 retroativo a janeiro de 2011.

Fonte: Contraf-CUT e Fenae

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