Crédito: UNI Américas
UNI Américas Com a presença do presidente e do ministro do Trabalho do Uruguai, respectivamente José ("Pepe") Mujica e Eduardo Brenda, começou nesta quarta-feira 5 de dezembro a 3ª Conferência Regional da UNI Américas – Rompendo Barreiras, que reúne em Montevidéu mais de 400 delegados, observadores e convidados representando os trabalhadores dos setores de serviços de 20 países do continente, do Canadá à Argentina, inclusive os bancários brasileiros. A Contraf-CUT participa com quatro delegados, quatro observadores e quatro convidados.

"É uma grande alegria para o governo uruguaio receber trabalhadores de toda a América. Estamos num país em que avançamos na garantia dos direitos trabalhistas e onde 100% dos trabalhadores têm convenção coletiva. Ter um movimento sindical forte é fundamental para que avancemos na ampliação da inclusão social da população", declarou o ministro Eduardo Brenda, ao dar as boas-vindas aos participantes da conferência.

A UNI-Sindicato Global é a central que reúne mais de 20 milhões de trabalhadores dos setores de serviços em todos os continentes, inclusive bancários, à qual a Contraf-CUT é filiada. Ela é organizada mundialmente por continentes e por setores de atividades. No último fim de semana, foi realizada em Montevidéu a 3ª Conferência da UNI Américas Finanças, com participação exclusiva de bancários. Agora está sendo realizada a conferência da UNI Américas, que além de bancários reúne trabalhadores dos outros setores de serviços.

A conferência tem como lema Batendo tambores por crescimento sindical, negociação coletiva e desenvolvimento sustentável. Batendo tambores é uma referência ao instrumento básico do Candombe, a música popular de origem afro-uruguaia.

‘UNI vibra vivamente nas Américas’

O presidente da UNI Mundial, Joe de Bruyn, também esteve presente à conferência de Montevidéu. "A UNI vibra vivamente nas Américas e está rompendo barreiras em vários setores de atividade em muitos. Desde que adotamos esse lema na Conferência de Nagasaki, conseguimos avanços importantes em sindicalização, organização e conquistas para os trabalhadores. Redes sindicais e sindicatos fortes estão se constituindo nas multinacionais das Américas", disse o presidente da UNI, anunciando que está para ser assinado o primeiro acordo coletivo na Colômbia, país com tradição de perseguição ao movimento sindical.

Bruyn também citou entre os avanços a assinatura do acordo marco global com o Banco do Brasil, no ano passado, e a campanha em vários países contra o Walmart, a maior empresa de varejo e a mais rentável do mundo, conhecida por sua política antissindical nos Estados Unidos e em todos os países onde opera, inclusive no Brasil.

Solidariedade internacional

Fernando Pereyra, coordenador da central sindical uruguaia PIT-CNT, defendeu a necessidade da busca permanente da solidariedade entre os trabalhadores de todos os países. "Vemos o rio Uruguai, que dá nome ao nosso país, ultrapassar a fronteira e seguir adiante por outras terras. Assim como é impossível cortar o rio para que ele fique apenas no Uruguai, precisamos romper o bloqueio cultural e estreitar a solidariedade internacional", comparou Pereyra.

"É necessário ter um olhar nacional, é necessário ter um olhar americano e é também necessário ter um olhar internacional e ampliar a solidariedade. Jamais esqueceremos a solidariedade internacional que recebemos quando nossos militantes políticos estavam presos na ditadura militar. A mesma solidariedade damos agora aos trabalhadores europeus, vítimas do capitalismo selvagem", acrescentou Pereyra.

Também falaram na abertura da Conferência o presidente da Central Sindical dos Trabalhadores das Américas (CSA), Vitor Baez, a vice-presidente da UNI Mundial Mulheres, Elis Britol, o secretário-geral da Aebu (o sindicato dos bancários uruguaios), Fernando Gambera, e o presidente da UNI Américas, Ruben Cortina.

A 3ª Conferência Regional da UNI Américas prossegue nesta quinta-feira e será concluída na sexta 7.

Fonte: Contraf-CUT

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