Começou na manhã desta quarta-feira 17 o seminário de lançamento da campanha pela assinatura de acordos marco globais para bancários do Santander e do HSBC em todo mundo. A abertura do evento contou com a participação do superintendente de Relações Sindicais do Santander, Jerônimo dos Anjos, e do diretor de Relações Sindicais do HSBC, Antonio Carlos Schwertner.

Entre os participantes estão representantes de bancários de pelo menos 19 países das Américas, Europa e Ásia. O objetivo da campanha é a assinatura de um documento que garanta direitos fundamentais e conquistas como organização sindical sem ingerência patronal e sindicalização sem retaliações, repressão ou discriminação. O evento será encerrado nesta quinta dia 18.

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"Queremos nestes dois dias traçar as estratégias para os acordos, que esperamos estejam concluídos em novembro, no Congresso Mundial da UNI que acontece no Japão", disse o presidente da UNI Finanças, Oliver Röethig. A UNI Finanças é um braço da UNI Global, sindicato mundial que representa 20 milhões de trabalhadores em todo o mundo e que está à frente da campanha.

Os representantes dos bancos destacaram a importância do tema. "Estamos aqui para discutir essa questão fundamental, cujo encaminhamento depende da nossa matriz na Espanha", afirmou Jerônimo dos Anjos, do Santander. "Já encaminhamos à matriz do banco a carta recebida pelos representantes dos bancários no Brasil. O acordo global é algo muito importante no qual vamos trabalhar duramente durante este ano", afirmou Schwertner, do HSBC.

Para Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT), é importante garantir direitos básicos para todos os trabalhadores. "Temos casos graves de violação destes direitos básicos, como um companheiro nosso que foi assassinado na Colômbia e os bancários dos EUA, que não têm sequer direito de formar sindicatos", disse. "Depois dessa campanha, vamos procurar a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) para propor um acordo marco também com os bancos brasileiros que estão se globalizando, como o Banco do Brasil e o Itaú Unibanco", concluiu.

O presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Luiz Claudio Marcolino, também participou da mesa de abertura. "É inaceitável que hoje ainda existam no mundo trabalhadores sem o direito básico da organização sindical. Pior quando eles são funcionários de empresas globais que se dizem modernas", afirmou o dirigente sindical. "O capital já se organiza globalmente, nós precisamos fazer o mesmo", disse.

Também participaram da mesa de abertura do seminário o presidente da CUT, Artur Henrique, o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, o secretário de Finanças da CUT, Vagner Freitas, e o secretário regional da UNI Americas e Caribe, Raul Requena.

Fonte: Contraf-CUT

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