Inicialmente, Artur fez uma reflexão sobre a importância da construção de uma agenda comum, positiva e propositiva, para a transformação de um mundo onde mais de 1,2 bilhões de pessoas passam fome, jogadas abaixo da linha da pobreza, destacando que este modelo de produção e consumo é "altamente excludente, tornando-se incompatível com a continuidade da vida no planeta".
Avançar
"Nosso projeto é outro: queremos crescer, incluir, distribuir renda, ampliar a geração de empregos, consolidar políticas públicas e sociais como ações de Estado, mais do que de governo. Lutamos por um projeto de distribuição de renda, de valorização do trabalho, de fortalecimento da saúde e da educação públicas, da reforma agrária. Nosso compromisso é com o desenvolvimento econômico e social. Isso está naturalmente associado, em nosso país, com a derrota da política de privatização, financeirização e flexibilização das relações do trabalho defendida pelos seguidores de FHC, da aliança PSDB-DEM", acrescentou Artur.
Para o presidente da CUT-BA, Martiniano Costa, este é o momento dos trabalhadores serem sujeitos políticos por inteiro, "exercendo o seu protagonismo com a luta que fortalece sonhos, esperanças e convicções, que constrói uma nova sociedade com desenvolvimento que gere qualidade de vida, com justiça social". Martiniano lembrou que o Nordeste sofreu "ao longo dos séculos com a implantação de um modelo excludente e hoje torna-se necessário dar mais prioridade à região", a fim de superar os obstáculos impostos ao seu desenvolvimento.
"Apesar dos investimentos que estão realizados, eles ainda são inteiramente insuficientes. Isso pode ser comprovado na cidade ou no campo, na falta de acesso à luz ou estradas, na falta de assistência técnica na lavoura. Apesar do futuro que se abre em muitos lugares, ainda há regiões na Idade Média. Precisamos estar juntos pressionando para mudar e avançar", acrescentou.
Somatória
Na avaliação do professor Clodoaldo Paixão, a CUT e os movimentos sociais estão corretos em somar esforços para derrotar o projeto de privatização, financeirização e exclusão, que está no bojo do modelo neoliberal. "Como fica mais visível na área financeira, onde as crises demonstram o seu grau de esgotamento, o poder econômico dos neoliberais ainda é grande, o que torna cada vez mais imprescindível a ação do movimento operário", acrescentou.
A atividade esteve sob a coordenação de Maria Madalena Firmo (Leninha), da Formação da Escola Sindical da CUT no Nordeste, que sublinhou a importância das inúmeras contribuições para que o documento seja transformado em bandeira de combate pelos lutadores sociais.