A CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado aprovou o nome de Alexandre Tombini para a presidência do Banco Central (BC). Tombini foi sabatinado durante mais de três horas entre a manhã e o início da tarde desta terça-feira (7) pelos senadores.

Agora, seu nome precisa ser aprovado pelo plenário do Senado. Ele foi indicado para o BC pela presidente eleita, Dilma Rousseff, mas, pelas regras, precisa ser confirmado pelos senadores.

Votaram na comissão 23 senadores. Tombini recebeu 22 votos a favor e um contra.

O clima da sabatina foi amistoso, e Tombini recebeu elogios por ser funcionário de carreira do BC e ser considerado um técnico competente, que assumirá o cargo sem ter um "padrinho político".

Afirmando que as taxas elevadas de inflação têm efeito perverso, principalmente sobre os mais pobres, Tombini disse, durante a sabatina, que o "objetivo primordial é manter a inflação baixa".

Ele declarou que o "compromisso exigido" por Dilma para indicá-lo "é que o BC persiga de forma incansável e intransigente o objetivo de manter capacidade de compra do real". Ou seja, controle a inflação.

O indicado disse que, para isso, a presidente concedeu "autonomia plena". Uma das formas de controlar a inflação é manter os juros altos.

Tombini disse que o BC vem fazendo um bom trabalho nos últimos e elogiou o regime de metas de inflação. "Tem simplicidade, fácil aferição de metas e transparência", afirmou.

O senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), presidente da CAE do Senado, afirmou que a votação no plenário sobre a indicação de Tombini estava prevista para esta terça ainda.

Caso isso ocorra e Tombini seja aprovado no plenário, ele já poderia iniciar o trabalho no novo governo no dia 1º de janeiro e evitaria uma lacuna na presidência do BC no começo do governo de Dilma Rousseff.

O Congresso entra em recesso no dia 18 de dezembro.

Fonte: UOL Economia

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