Ato simbólico será realizado na manhã desta quinta (15), na Lagoa
Nesta quinta (15), o Comitê Paraibano em Defesa do Serviço Público e Contra as Privatizações, vai lançar a campanha “Não vamos deixar que vendam o Brasil”, para isso vai realizar ato simbólico no parque Sólon de Lucena, em João Pessoa, a partir das 7h30. O objetivo é dialogar com a população para fato de, em meio a pandemia, o governo federal estar atacando o serviço público e retirando os direitos da população.
Em manifesto, sindicatos, movimentos sociais populares e parlamentares paraibanos progressistas denunciam que: “Apesar do avanço da Covid-19 no Brasil, Bolsonaro segue seu planejamento de vender as estatais e aprovar a ‘Reforma Administrativa’ para entregar, a ‘preço de banana’, alguns dos principais patrimônios públicos do país – como Banco do Brasil, Correios, Eletrobrás, Dataprev, Serpro, Empresas Estaduais de Saneamento, dentre outros – o que vai acabar totalmente com o funcionalismo público e a qualidade dos serviços prestados à população, em especial à parcela mais vulnerável”.
Nessa linha de defesa dos serviços públicos e contra as privatizações, o Comitê Paraibano vai arrodear toda Lagoa com faixas, na manhã desta quinta (15), denunciando a ação de venda do Brasil pelo governo Bolsonaro; distribuir de máscaras juntamente com o manifesto da campanha e gravar de vídeos para serem divulgados nas redes sociais, alertando sobre a situação. Para dar suporte à atividade, um carro de som ficará circulando pelo centro com áudios falando sobre a campanha.
Fazem parte do Comitê Paraibano em Defesa do Serviço Público e Contra as Privatizações, os sindicatos: SINTECT-PB, SINDIPDPB, FERROVIARIOS, SINDICATO DOS BANCARIOS, SINDIÁGUA, ADUFPB; as Centrais Sindicais: CUT, CSP CONLUTAS e INTERSINDICAL; os parlamentares: CIDA RAMOS, ESTELA BEZERRA, ANÍSIO MAIA e MARCOS HENRIQUES; além de movimentos sociais e organizações políticas como a Campanha Fora Bolsonaro, LPS. Jornal Brasil de Fato Paraíba, entre outras.
Leia abaixo o Manifesto do Comitê Paraibano em Defesa do Serviço Público e Contra as Privatizações:
Não vamos deixar que vendam o Brasil.
A pandemia do coronavírus se instalou no país no início de 2020, desde então, já produziu mais de 350 mil mortes, fruto de uma política negacionista e genocida levada à frente pelo governo Bolsonaro, com apoio do Congresso Nacional e parcela expressiva dos governadores e prefeitos.
As medidas restritivas adotadas no último período, revelaram-se muito tímidas, praticamente inexpressivas para combater de forma eficaz o avanço da Covid-19 no Brasil. A Fiocruz, em relatório elaborado sobre a situação da Pandemia no país, afirma que é necessário a implementação de um lockdown nacional para que possamos ter alguma chance no combate à Covid-19.
Nós, do Comitê Paraibano em Defesa do Serviço Público e Contra as Privatizações, defendemos um lockdown efetivo e que junto a ele seja garantido o auxílio emergencial digno de no mínimo 1 (um) salário, embora estejamos lutando para que seja liberado de imediato o auxílio de R$ 600,00, em detrimento do que foi aprovado no congresso com valores irrisórios, para que o conjunto da classe trabalhadora de nosso país, tenha direito ao isolamento e ao provimento de suas condições básicas de vida.
Defendemos ainda a criação e manutenção de empregos e a quebra de patentes para que toda população seja vacinada seguindo o Plano Nacional de Imunização, evitando que ricos e poderosos se valham de uma lei definida pelo Congresso que “fura fila”, como se pretende fazer.
Precisamos também organizar nosso povo para lutar e exigir que o governo Bolsonaro, o Congresso e o Judiciário parem de atacar a classe trabalhadora e retirar nossos direitos duramente conquistados ao longo de muitos anos. As “reformas” trabalhista e da previdência, por exemplo, são um duro golpe na organização dos trabalhadores, trazendo o fim do direito à aposentadoria. A política do abandono foi ampliada com cortes em orçamentos de instituições em todo o país e a Pandemia do Coronavírus, já em 2020, fez ressurgir e aprofundar antigos problemas que afrontam os direitos trabalhistas.
Sem ações concretas do Governo Bolsonaro para viabilizar um isolamento social efetivo, os brasileiros e brasileiras tiveram que ganhar as ruas para garantir o alimento, se tornando alvo fácil da Covid-19. Em um ano de pandemia, já estamos perto de ultrapassar 400 mil mortes e podemos chegar a 500 mil ainda nesse semestre.
Temos um governo que menospreza a pandemia, a classifica como “gripezinha”; espalha “fake news” sobre a doença, anuncia e financia medicamentos sem eficácia comprovada, para o tratamento precoce a exemplo da cloroquina e ivermectina. Desdenha das vacinas, nega-se a comprá-las e ainda prejudicou o relacionamento do Brasil com potenciais parceiros comerciais, como Índia e China, que fornecem vacinas e IFA- Ingrediente Farmacêutico Ativo para seu envasamento.
A vacinação em curso, ainda que esteja caminhando em um ritmo muito lento, só foi possível graças aos governadores e governadoras que agiram de forma independente, com destaque para o Estado de São Paulo e o Consórcio dos Governadores do Nordeste, formado pelos mandatários dos nove Estados da região.
Apesar do avanço da Covid-19 no Brasil, Bolsonaro segue seu planejamento de vender as estatais e aprovar a “Reforma Administrativa” para entregar, a “preço de banana”, alguns dos principais patrimônios públicos do país – como Banco do Brasil, Correios, Eletrobrás, Dataprev, Serpro, Empresas Estaduais de Saneamento, dentre outros – o que vai acabar totalmente com o funcionalismo público e a qualidade dos serviços prestados à população, em especial à parcela mais vulnerável.
Agências do Banco do Brasil serão fechadas, assim como deve acontecer com aquelas ligadas à Empresa dos Correios, uma gigante lucrativa da logística que também está na mira das privatizações. Caso a privatização dos correios ocorra, milhões de pessoas ficarão sem garantia e manutenção dos serviços de entregas.
Os interessados em destruir o Brasil não informam, por exemplo, que há cerca de 11 milhões de servidores públicos brasileiros e que 59,3% deles atuam na esfera municipal, a maior parte na educação e saúde, recebendo pagamentos inferiores a três salários mínimos.
Precisamos defender o que é nosso! Vamos lutar por um Brasil socialmente justo, com salário mínimo que acompanhe as necessidades do povo, pelo auxílio emergencial que garanta a sobrevivência da população vulnerável enquanto perdurar a pandemia, pela vacina para todos e todas e pela interrupção imediata dos projetos de privatização.
Fora Bolsonaro!
Viva o SUS!
Viva o serviço público!
Abaixo a Reforma Administrativa!
Vacina já para todos!
Não as privatizações!
Fonte: Jornal Brasil de Fato, com edição de Heloisa de Sousa