Crédito: Alexandre Bueno
Alexandre Bueno
Helicópteros transportando funcionários do Itaú nesta sexta em São Paulo

Concentrações do Itaú Unibanco, HSBC, Banco do Brasil, Santander e Caixa Federal, além de agências de todos os bancos, amanheceram com as atividades paralisadas em São Paulo nesta sexta 7, décimo primeiro dia da greve nacional da categoria.

Aderiram ao movimento as concentrações do ITM, CAT e Ruas Fábia e Cláudia, do Itaú Unibanco; Telebanco do HSBC; SP1 e SP2, do Santander; complexos São João, Verbo Divino e 15 de Novembro do Banco do Brasil; Rerop, Prédio da Sé, Rédea, da Caixa Federal.

Na quinta-feira 6, décimo dia da greve, 8.758 unidades foram fechadas no Brasil. Em São Paulo, Osasco e região mais de 30 mil trabalhadores pararam em 807 locais, sendo 17 grandes concentrações.

Assembleia

Como não houve novidade nem negociação marcada, não haverá assembleia nesta sexta-feira. A data da próxima assembleia será divulgada pela Folha Bancária e no site. O Comando de Greve reúne-se nesta sexta-feira, às 16h, no Auditório Azul do Sindicato (Rua São Bento, 413).

Quinto dia útil

Cliente, se a agência que você procura está fechada, a culpa é dos banqueiros. A paralisação foi o último recurso dos trabalhadores, após um mês e meio de negociações em que os representantes dos bancos só disseram não a necessidades importantes da categoria, que visam reduzir o alto grau de adoecimento dos bancários e melhorar o dia a dia nos locais de trabalho.

E isso tem tudo a ver com os usuários. Se, por exemplo, os bancos contratarem mais – uma das coisas que os bancários querem -, além de melhorar a rotina dos trabalhadores, essa medida pode reduzir as filas e melhorar muito a qualidade do atendimento.

Além disso, os bancários também querem o fim das metas abusivas na venda de produtos, por meio das quais os bancos ganham tanto, cobrando altas tarifas dos clientes. A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, lembra que os bancos arrecadam com essa prestação de serviços muito mais do que pagam aos seus funcionários. "Isso quer dizer que, somente com o que cobram dos clientes, os bancos poderiam ter bem mais bancários para atender mais e melhor. É isso que queremos."

Salário

Os bancários também querem aumento real de salário. "Os bancos viram, nos primeiros seis meses deste ano, o lucro crescer 20%, mas querem pagar somente 8%, o que significa 0,56% acima da inflação", explica Juvandia.

"Eles podem pagar mais e atender às outras demandas da categoria. Por que somente os banqueiros precisam ganhar tanto? Eles devem muito à sociedade brasileira, e podem gerar mais empregos para melhorar a qualidade de atendimento e preservar a saúde de seus funcionários", destaca a presidenta do Sindicato.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo