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Mortes e acidentes
Durante o congresso na Turquia foi divulgado levantamento sobre a saúde dos trabalhadores, comparando os números dos anos de 2003 e 2008. Nesse último, mais de 321 mil trabalhadores morreram vítimas de acidentes de trabalho e outros dois milhões faleceram por doenças adquiridas no trabalho no mesmo período. Em comparação ao ano de 2003, o número de mortes reduziu em 37 mil e das doenças que levaram ao falecimento aumentaram em 70 mil.
O estudo mostrou ainda que no período analisado houve uma média de 6,3 mil mortes diárias relacionadas às atividades profissionais e 850 mil pessoas sofreram lesões diariamente e foram afastadas por quatro ou mais dias no trabalho.
O relatório revela também que fatores psicológicos, como tensão, assédio e violência no trabalho – tão comum à atividade bancária – têm impacto importante sobre a saúde dos trabalhadores. O documento diz que esses fatores tendem a ser mais significativos à medida em que o trabalho se torna mais precário para alguns trabalhadores.
Para o diretor geral da OIT, Juan Somavia, apesar do reflexo midiático em acidentes como na mina de San Juan, no Chile (onde 33 mineiros foram soterrados) e o acidente nuclear de Fukushima, no Japão, "a maioria das lesões, enfermidades e mortes relacionadas com o trabalho passam despercebidas e não se informa sobre elas. Os trabalhadores e suas famílias ficam desprotegidos e sem ajuda para fazer frente a essas situações".
Após o fechamento do Congresso será redigido um documento, a exemplo do que houve em Seul, com as diretrizes para os próximos anos.
Fonte: Seeb São Paulo com Agência Brasil e OIT