Crédito: Renato Silva

Começou na noite desta sexta-feira, 28, em São Paulo, o 21º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil. O evento, que definirá a pauta de reivindicações específicas dos trabalhadores do banco para a Campanha Nacional dos Bancários 2010, reúne 329 delegados e observadores de todo o Brasil.

"A unidade no movimento sindical será ainda mais importante na campanha salarial desse ano e a Contraf vai continuar perseguindo a criação de uma mesa única com todas as forças, para não termos mais duas mesas de negociação", afirmou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. Estavam presentes na cerimônia representantes de quase todas as centrais sindicais que têm representação de bancários, inclusive CTB, Conlutas e Intersindical.

O dirigente destacou o contexto em que será realizada a campanha salarial deste ano. "Não podemos pensar que vamos fazer uma campanha pensando apenas no aspecto corporativo. Somos parte da classe trabalhadora, da CUT e teremos que pensar no todo da sociedade brasileira", disse. "Há um debate colocado sobre o modelo de desenvolvimento que queremos. Defendemos desenvolvimento com crescimento econômico e distribuição de renda e para isso é fundamental pensarmos o papel do sistema econômico nesse desenvolvimento", defende Cordeiro.

Representando a CUT nacional, o secretário de Organização Jacy Afonso defendeu a unidade a exemplo da história de luta dos bancários. "Todas as categorias do Brasil têm o sonho de ter database unificada e uma convenção coletiva de trabalho nacional e para todas as empresas como é a CCT dos bancários. Essa é a luta que a CUT vem travando: trabalhar as campanhas salariais de modo articulado com o conjunto dos trabalhadores, assim como aconteceu no início da década de 90, quando os bancários conquistaram o acordo coletivo válido para todo o Brasil", disse.

Jacy Afonso também lembrou do ataques sofridos pelos bancários do BB durante o governo FHC e o papel de destaque desempenhado pela categoria, ao lado de outros trabalhadores, na mobilização contra o projeto neoliberal de privatizações. "Foram os funcionários do BB, da Caixa, Petrobras que impediram as privatizações. Se os bancos públicos tivessem sido vendidos, não teríamos saído da crise econômica. Isso não elimina as mazelas dessas instituições, que precisam ser resolvidas", lembrou Jacy Afonso.

Fonte: Nicolau Soares/Renato Alves – Rede de Comunicação

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