Fetrafi-RS
Juberlei espera construir mobilização como nos anos anteriores

A campanha Nacional 2015 deve ser dificultada por conta da conjuntura política e econômica que o Brasil atravessa, segundo Juberlei Baes Bacelo, presidente da Fetrafi-RS. “Em que pese o fato de os bancos serem uma exceção no que diz respeito à a crise econômica – já que a sua lucratividade vem até crescendo neste cenário -, sabemos que os bancos vão utilizar a crise para dificultar a negociação salarial”, afirmou. Ele ainda convoca. “Portanto, acredito que vai ser uma campanha muito difícil, que vai necessitar de muita mobilização para que a gente tenha uma campanha vitoriosa.”

Apesar de a campanha ainda estar no início, ele acredita que, principalmente nos bancos públicos, é possível construir uma mobilização como nos anos anteriores. “Neste momento, ainda temos uma dificuldade muito grande, talvez até pela conjuntura política que estamos vivendo. Os bancários, como parte da sociedade, assistem todo esse debate e enfrentamento político. Por isso, eles ainda estão querendo ver para onde vai caminhar nossa campanha salarial. Mas, acredito que com passar do tempo, construindo um calendário de mobilização, eles venham para a mobilização e a gente construa uma grande participação, principalmente, para a segunda quinzena do mês de setembro”, espera.

O presidente da Fetrafi-RS destaca que o Banrisul, banco público, é o maior banco da base e pode trazer muitas dificuldades. “Estamos vivendo uma conjuntura bastante atípica no Rio Grande do Sul por causa da situação econômica pela qual passa o Estado, com parcelamento de salários do funcionalismo público e a volta do tema desestatização à ordem do dia. O Banrisul tem sido nas nossas greves a ponta de lança das mobilizações da nossa categoria. Então, diante das dificuldades, nós temos esse cenário um pouco diferenciado que poderá nos criar uma dificuldade maior”, explicou.

Ele lembra que, da pauta específica, alguns temas podem causar polêmicas. Como o quadro de carreira. Esse debate já realizado há anos nas comissões paritárias, que elaboraram propostas, mas não são implantadas. “Hoje, vai ser bastante atrapalhada por este cenário da ação e da postura que tem tido o governo do Estado de já se utilizar da crise para voltar com a cartilha neoliberal de vender estatais. Isso deixa o funcionalismo do Banrisul numa perplexidade. Pois de repente o tema de privatização do Banrisul, que é um tema bastante espinhoso por tudo que a gente viveu na década de 90, voltou à pauta. O Banrisul foi um dos poucos bancos estaduais a se manter com o controle público”.

Segundo Joberlei, essa situação deve ser contornada. “A gente quer transformar essa perplexidade em mobilização, pois só vamos garantir que o Banrisul continue como um banco público se tivermos muita mobilização dos funcionários para que se ganhe, inclusive, o conjunto da sociedade gaúcha para essa batalha também.

Fonte: Contraf-CUT