Crédito: Seeb São Paulo

Seeb São Paulo

Participantes com os ex-presidentes Augusto Campos e Gilmar Carneiro


A Contraf-CUT está acompanhando o curso Sindicato, Sociedade e Sistema Financeiro, direcionado à formação de dirigentes sindicais e assessores, aplicado pelo Sindicato do Bancários de São Paulo, Osasco e região. O primeiro módulo aconteceu na semana de 23 e 27 de abril. O segundo ocorre no período de 7 e 11 de maio. 


"Este mandato do Sindicato, presidido pela companheira Juvandia Moreira, tem promovido muita formação para preparar a entidade para os desafios da atualidade por um mundo do trabalho melhor no sistema financeiro", avalia William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT, que acompanhou o curso. 

O módulo teve como foco os fundamentos políticos da sociedade atual e do sistema financeiro e o papel histórico do movimento sindical frente a essa realidade. O curso é baseado na grade de três módulos construído pela Contraf-CUT em parceria com o Dieese e tem algumas novidades incluídas pela diretoria do Sindicato.


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O primeiro dia foi dedicado à discussão sobre as características da sociedade brasileira, os atores que participam das instituições de poder e qual a correlação de forças que existe nesta disputa pelo espaço social.


A discussão no segundo dia concentrou-se no tema Trabalho. "Iniciamos o dia comentando o filme da noite anterior, Germinal, baseado na obra de Émile Zola. Debatemos várias questões relativas ao mundo do trabalho e dos trabalhadores", conta William. E ainda foram debatidas a teoria neoclássica sobre salário e emprego, a visão keynesiana e a visão marxista, focando a mais-valia, a mais-valia absoluta e relativa. 


No terceiro dia, o debate foi em torno da questão "O que é sindicato e qual o seu papel?" Segundo William, "começamos o dia discutindo o filme Eles não usam black tie. Fizemos um panorama histórico no Brasil desde o final do século 19 e primeiras décadas do século 20, período que abrange a chamada República Velha. Vimos o movimento grevista da época e os movimentos incluindo a greve geral de 1917. Vimos ainda o filme Nossos Bravos, de 1988", explica o dirigente da Contraf-CUT.


Durante os dois últimos dias, os bancários debateram as Origens do Sindicalismo no Brasil. "De forma geral, vimos os vários períodos do movimento sindical ao longo de mais de um século de República. Estudamos a origem da República até os anos 30, vimos o período da era Vargas de 1930 a 1945, depois o intervalo democrático de 1946 a 1964. Passamos ainda pelo período da ditadura militar (1964 a 1985) e o período da redemocratização. Além disso, pudemos entender os vários planos econômicos e os reflexos para a classe trabalhadora", resume William.


História viva


William registra ainda a participação de Augusto Campos e Gilmar Carneiro, ex-presidentes do Sindicato. "São duas das nossas maiores referências na construção do novo sndicalismo bancário, a partir dos anos 70. Eles foram responsáveis por organizar e aglutinar as oposições bancárias na época da ditadura militar. Foram partícipes da construção da Central Única dos Trabalhadores, do Partido dos Trabalhadores e também da luta pela volta da democracia com a participação da classe trabalhadora", salienta William.


"Nós criamos a CUT para construir a liberdade e autonomia sindical e para sermos contrários à estrutura sindical deixada na era Vargas, com sindicatos atrelados ao Estado e dependentes do imposto sindical", ressalta o dirigente da Contraf-CUT.


Retomada do curso pela Contraf-CUT no segundo semestre


O próximo curso de formação Sindicato, Sociedade e Sistema Financeiro, promovido pela Contraf-CUT em parceria com o Dieese, será realizado no segundo semestre de 2012, entre outubro e dezembro. 


Serão 30 vagas para atender às demandas de todas entidades filiadas que queiram investir na formação de suas diretorias. O curso será realizado em São Paulo. 


"Após percorrermos todas as regiões do País com esse curso nos últimos três anos, agora ele passará a ocorrer com regularidade na capital paulista, para que sindicatos e federações sempre possam enviar novos dirigentes. Pedimos para que as entidades já se preparem para inscrever os seus candidatos logo após a campanha nacional deste ano", orienta o diretor da Contraf-CUT.


Além disso, sindicatos e federações que queiram oportunizar o curso para os seus dirigentes também poderão fazê-lo. Basta entrar em contato com a Contraf-CUT. "Queremos contribuir para qualificar cada vez mais a atuação dos representantes sindicais, a fim de fortalecer a luta e construir uma vida melhor", conclui William.


Fonte: Contraf-CUT

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