A Contraf-CUT e entidades sindicais assinaram na quarta-feira, dia 27, o Ajuste Preliminar do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2010/2011 com o Banco da Amazônia, documento que garante o cumprimento das cláusulas econômicas até a celebração do ACT 2010/2011.
Agora, o banco tem o prazo de até 10 dias corridos, a partir da assinatura, para efetuar o pagamento de antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e diferenças salariais, que segundo o próprio banco, começam a ser pagas na próxima segunda-feira (1), conforme calendário abaixo:
PLR: a antecipação do pagamento da parcelar reembolsável da PLR no valor de R$ 650,00até o dia 06 de novembro;
01/11: diferenças salariais de setembro e outubro/ 2010;
08/11: antecipação da 2ª parcela do 13° salário/2010;
15/11: antecipação da 13ª cesta Alimentação e pagamento das diferenças de ticket/cesta alimentação de setembro e outubro/ 2010;
22/11: pagamento salário novembro/ 2010, cesta alimentação e ticket de novembro/2010;
01/12: antecipação da cesta alimentação e tickets de dezembro/ 2010;
13/12: antecipação da cesta alimentação de janeiro/ 2011;
17/12: pagamento salário dezembro/ 2010.
"A unidade de todos os bancários na campanha nacional unificada tem significado avanços contínuos para a categoria e esse ano não foi diferente. Os empregados do Banco da Amazônia intensificaram sua mobilização e com muita garra garantiram conquistas históricas", afirma Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.
"Tão ou mais importante que as conquistas econômicas e sociais é o fato de percebermos uma elevação da auto-estima do funcionalismo, que vinha se sentindo preterido na relação do governo federal com o conjunto dos bancos federais. Neste ano, conquistaram o mesmo tratamento e importância dos grandes bancos federais, como BB e Caixa. Questões importantes como a valorização dos pisos foram tratadas, com a valorização de 11%, e o caminho está aberto para novos avanços com a discussão de revisão do PCCS, prevista para março", completa.
"Louvamos a força e a mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras do Banco da Amazônia, que foram os últimos a sair da greve e, em 22 dias de paralisação, deram um exemplo de empenho e garra para lutar por seus direitos, isso foi fundamental para alcançar conquistas históricas", afirma a presidente do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá, Rosalina Amorim.
"Hoje é dia de comemorar mais uma conquista importantíssima dos empregados e empregadas do Banco da Amazônia, que a partir de agora terão uma PLR distribuída de forma mais justa, mais igualitária, sem o módulo gestor de antigamente. A partir de hoje será 40% do montante da PLR para todos os empregados, e os 60% restantes serão distribuídos proporcionalmente aos salários", garante o vice-presidente da Fetec-CN, Sérgio Trindade.
"Foram 22 dias difíceis para os empregados e empregadas do Banco da Amazônia, que mesmo sob ameaças para o retorno ao trabalho não se intimidaram e foram às ruas mostrar para toda a população os motivos que o levavam a mais uma greve por melhores salários, condições de trabalho e principalmente de vida", ressalta o diretor da Fetec-CN, Roosevelt Santana.
Veja as principais conquistas dos empregados do Banco da Amazônia:
1. Reajsute de 11% em todas as faixas do Vencimento Padrão;
2. Reajuste de 7,5% sobre as demais verbas remuneratórias e sobre o Valor de Referência de Mercado, sem observância do teto e R$ 5.250 do acordo com a Fenaban;
3. PLR: fim do módulo gestor, com a conquista da PLR Social, aumentando em 48% o montante a ser distribuído em 2010, passando dos atuais 6,25% para 9,25% do lucro líquido do banco, sendo a distribuição 40% linear e 60% proporcional aos salários;
4. Adiantamento de R$ 650 da PLR;
5. Isonomia: extensão aos novos funcionários do direito de conversão em espécie dos cinco dias de abono;
6. Conquista do pagamento por até três meses do ressarcimento do Programa de Educação Continuada para os empregados que se afastarem para tratamento de saúde;
7. Dias de greve: compensação d 50% dos dias parados;
8. PCCS: em uma conquista histórica, o banco concordou em iniciar em março de 2011 uma discussão com os trabalhadores para a construção de um novo PCCS.
Fonte: Contraf- CUT, com Seeb PA-AP