A Marcha das Margaridas promete ser a maior mobilização realizada pelas mulheres trabalhadoras rurais e urbanas de todo Brasil, na luta por melhores condições de vida e de trabalho.
"As mulheres bancárias não podem ficar fora desta mobilização nacional. Reunir 100 mil mulheres numa marcha em Brasília no mesmo ano em que assumiu uma mulher presidenta da República, com uma pauta que contempla mulheres do campo e da cidade, é uma verdadeira demonstração de coragem e uma grande oportunidade de mudança", afirma a dirigente da Contraf-CUT.
Reunir 100 mil mulheres numa marcha em Brasília no mesmo ano em que elegemos uma mulher presidenta da República, com uma pauta que contempla mulheres do campo e da cidade, é uma verdadeira demonstração de coragem e uma grande oportunidade de mudança", salienta.
A Marcha, lançada em 2000 e com edições a cada três anos, está articulada nos seguintes eixos temáticos: Reforma Agrária e acesso das mulheres à terra; Soberania e segurança alimentar; Meio ambiente e agroecologia; Soberania energética; Participação, poder e democracia; Agricultura familiar, trabalho e organização produtiva; valorização do salário mínimo; saúde integral da mulher; desenvolvimento territorial.
Além da CUT, a mobilização é organizada pela Contag, Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Nordeste (MTR-NE), Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), Movimento de Mulheres da Amazônia (MMA), Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Rede de Mulheres Rurais da América Latina e do Caribe (Redelac) e Coordenação das Organizações dos Produtores Familiares do Mercosul (Cooprofam).
Margarida
No dia 12 de agosto de 1983, Margarida Maria Alves, presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande (PB), e fundadora do Centro de educação e Cultura do Trabalhador Rural, foi brutalmente assassinada, a mando de usineiros da região. Ela estava na porta de sua casa, com o marido e o filho quando foi alvejada no rosto por um tiro de pistola. O crime permanece impune.
Por sua trajetória de luta pela reforma agrária e pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, Margarida Alves tornou-se um símbolo nacional cultivado pelas mulheres e homens do campo.
Fonte: Contraf-CUT