Texto lista uma série de reivindicações pendentes de negociação e ressalta a importância da mesa permanente de negociações
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou um ofício para a Caixa Econômica Federal, nesta quarta-feira (12), ressaltando a importância da mesa permanente e cobrando que o banco defina um calendário de negociações.
No ofício a Contraf-CUT afirma que “a mesa de negociações permanente entre representantes da Caixa Econômica Federal e dos trabalhadores é um importante instrumento que pode permitir a construção conjunta de soluções para problemas que afetam o dia a dia de trabalho nas agências e, desta forma, melhorar a relação profissional entre empregados e entre estes e a instituição.”
“Quando as soluções são construídas em conjunto o entendimento da proposta é mais fácil, a aceitação por parte das empregadas e empregados também. E tudo flui da melhor maneira, pois todos entendem que, em uma negociação, cada um acaba cedendo um pouco para que haja uma solução em consenso. É este o princípio das negociações conciliadas”, observou o diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro.
Para Rafael, a Caixa não pode apenas apresentar as medidas que pretende executar, ou que já colocou em prática sem antes negociar com a representação dos trabalhadores e tampouco a representação dos trabalhadores. “Tudo é preciso ser negociado. De ambos os lados”, observou o coordenador da CEE.
“No entanto, existe uma longa lista de reivindicações dos empregados que vem sendo esquecida pelo banco”, ao acrescentar que as consequências deste descaso é o adoecimento do quadro de trabalho do banco, a precarização do atendimento aos clientes e a perda da oportunidade de negócios. “E isto tem agravado os problemas de relacionamento entre a instituição e os empregados e entre os próprios empregados, causando sérios prejuízos, principalmente aos trabalhadores, clientes e usuários dos serviços da Caixa, mas também ao banco”, ressaltou.
Em seu ofício, a Contraf-CUT diz ainda que “por entendermos que a mesa de negociações permanente é um espaço que pode amenizar estes problemas, pedimos que seja estabelecido um calendário para as reuniões onde a representação das empregadas e empregados possa apresentar estes problemas e, juntamente com os representantes da Caixa, se possa encontrar a solução não para uma fatia pequena de empregados, mas para todo o quadro de pessoal do banco.”
O texto cita diversos problemas já apresentados à Caixa pela representação das empregadas e empregados que estão na dependência de negociação.
“Em posse desta lista, o banco pode estabelecer o calendário já com os temas a serem tratados em cada uma das reuniões, sem o prejuízo de que nossos problemas, que venham a ocorrer no dia a dia de trabalho no banco, se adicionem à lista e, até mesmo, sejam priorizados, conforme a necessidade de urgência na solução” disse o coordenador da CEE.
Soluções pendentes
Saúde Caixa
– Discussão sobre alteração do estatuto do banco para remoção do teto de gastos com a saúde dos empregados;
– Criação e implementação das GIPES/REPES;
– Implementação dos comitês de credenciamento e descredenciamento;
– Fornecimento trimestral dos dados primários do plano à representação sindical das empregas e empregados;
Funcef
– Estudos da proposta apresentada pela Caixa, que trouxe perdas de direitos aos participantes;
– Discutir, com a participação da representação sindical das empregadas e empregados, alternativas para o equacionamento dos déficits do plano REG/Replan, sem que haja perda de direitos dos participantes;
– A proposta deve considerar que a construção da solução deve ter a participação da representação dos participantes dos planos de pensão, que são os proprietários do patrimônio dos fundos.
Condições de trabalho
– Solução para os problemas de sistema do banco;
Solução para os problemas de estrutura de trabalho para os caixas, tesoureiros e avaliadores de penhor;
– Solução para os problemas de gestão de pessoas/estabelecimento/cobrança de metas;
– Estabelecimento de uma política de avalição de mérito/pagamento dos deltas, que não dê margem para avaliações subjetivas e assédio moral por parte dos gestores;
Pessoas com deficiência
– Redução da jornada para empregados com deficiência;
– Redução da jornada para pais/responsáveis por pessoas com deficiência.
Emprego: PDV
– Precisamos de informações sobre:
> número total de desligamentos;
> número de desligamentos por estado e cidade;
> lista com os nomes e lotação das pessoas que serão desligadas pelo PDV;
> próximos passos a serem dados por quem será desligado;
> quando serão iniciadas as realocações/transferências solicitadas pelo pessoal da Caixa;
> para readequar o efetivo das unidades onde houve desligamentos;
> quando serão iniciadas as convocações e contratações dos aprovados no concurso público.
Fonte: Contraf-CUT