Plínio destacou que houve um avanço nas negociações em relação à reivindicação do login único. "Queremos acabar com a possibilidade de o gerente, por exemplo, logar vários computadores impelindo que o funcionário, que não estiver logado no Sipon, entre no sistema e continue trabalhando, sem que isso conte como hora trabalhada".
Nesta questão, o dirigente sindical disse ter se surpreendido com a negociação. "O banco nos garantiu que está estudando soluções técnicas para implantar o login único". A ressalva, afirmou, está na proposta feita pela Caixa de como formatariam o sistema. "A proposta é de que o login único seria apenas para empregados sem função, sendo que os gerentes teriam a possibilidade de logar dois computadores ao mesmo tempo. É um avanço, mas não resolve o problema. Isso porque se houver cinco gerentes em uma agência é possível ainda logar o sistema para que cinco funcionários trabalhem horas extras sem registrar horas", avaliou.
Plínio frisou que o movimento sindical fez uma contraproposta e foi bem aceita pelo banco. É a seguinte: no momento em que uma segunda máquina for logada com a mesma senha, ao invés de derrubar o sistema na máquina anterior, apenas a bloquearia, de modo que, quando finalizado o segundo login, a primeira máquina logada voltaria a funcionar normalmente, a partir do mesmo ponto de onde o trabalhador parou.
Os representantes da Caixa manifestaram que a contraproposta é interessante e que devem encaminhá-la para a área de tecnologia do banco. Eles, porém, adiantaram que isso só acontecerá a partir de setembro, pois o setor tem outras prioridades atualmente. "Reconhecemos que é positiva a preocupação do banco, mas esperar até setembro é uma temeridade, pois há fragilidades do sistema. Vamos levar a pauta para a mesa permanente de negociação com a Caixa, cobrando que esta solução seja agilizada", declarou. A próxima reunião acontece no dia 28 de junho.
Já o outro ponto da pauta, as horas negativas, problema pautado há anos pelos trabalhadores, não houve acordo. "Teremos que achar uma solução. Temos normas que regram a compensação de horas. É inadmissível que continuem acontecendo situações em que o gerente dispensa o funcionário e o faz pagar as horas quando lhe for mais conveniente", afirmou. O dirigente adianta que a Contraf-CUT abrirá um processo de construção da proposta junto aos trabalhadores para ser apresentada na próxima reunião da comissão temática, que ainda não foi marcada.
Fonte: Contraf-CUT