A Contraf-CUT cobrou da direção do Itaú Unibanco o pagamento integral da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para todos os bancários, alcançando o teto de 2,2 salários limitado a R$ 14.696. A reivindicação foi feita em negociação ocorrida nesta segunda, 1º de março, no CEIC, em São Paulo.

A regra estipulada pelo banco definiu o pagamento da PLR no teto a apenas 46% dos trabalhadores, que estão na faixa salarial de até R$ 2.836. "Também cobramos do banco que sejam apresentadas informações sobre o montante dos empregados que receberam o valor integral da PLR e o total do bônus pago aos executivos", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e funcionário do Itaú Unibanco.

Ele questionou o fato de, em seu balanço, o banco ter destinado um valor maior do que o de 2008 para o pagamento da PLR. "Ao mesmo tempo, o número de funcionários diminuiu. Fica difícil compreender por que o valor recebido por cada funcionário diminuiu", questiona.

Problemas no pagamento

Uma parte dos bancários não recebeu a PLR na última sexta-feira, conforme anunciado pela empresa. O banco afirmou que o atraso ocorreu por um problema apresentado na unificação das folhas de pagamento entre os funcionários do Itaú e Unibanco.

Além disso, outros problemas de pagamento ocorreram com os gerentes que atuavam no Unibanco que passaram a trabalhar depois da fusão com a plataforma do Itaú (Programa Agir). Estes empregados foram pagos pelo programa do Unibanco (RR), que deixou de vigorar.

"Com isto, muitos bancários que já trabalhavam com o Agir há sete, oito meses, receberam valor inferior, pois o cálculo foi feito com base no programa do Unibanco, que deixou de ser utilizado", afirma Jair Alves, um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco.

PCR

Ainda foi cobrado que seja dado início à negociação da Participação Complementar de Remuneração (PCR) de 2010, além do acerto que ainda precisa ser feito em relação ao ano anterior, que teve valor total de R$ 1.500.

Negociação

As negociações seguem nesta terça, 2 de março, às 18h, no CEIC, em São Paulo. "Esperamos que desta vez o banco apresente uma solução sobre o pagamento da PLR que contemple todos os trabalhadores", conclui Carlos Cordeiro.

Fonte: Contraf-CUT

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