Crédito: CUT
"A estratégia do governo de usar os bancos públicos para forçar o sistema financeiro a baixar os juros e o spread bancário, que era uma reivindicação do movimento sindical, foi acertada e já surtiu os primeiros efeitos", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. A partir do corte efetuado pelo Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, bancos privados como HSBC, Santander, Bradesco e Itaú recuaram e anunciaram também redução nos juros.
Segundo avaliação preliminar do Dieese, é hoje impossível aos clientes dos bancos saber quais taxas foram reduzidas, diante da falta de transparência nas informações divulgadas.
"É preciso que os bancos reduzam de fato os juros, como forma de baratear o crédito e contribuir para o desenvolvimento econômico e social do país com inclusão social e distribuição de renda", destaca Cordeiro.
Para o presidente da Contraf-CUT, "é hora também do Banco Central padronizar regras e critérios, a fim de possibilitar aos clientes a comparação entre as taxas de juros dos bancos. Além disso, o BC tem que cobrar das instituições financeiras maior transparência e normas claras para fazer a portabilidade das contas correntes".
Cordeiro defende também o aumento da oferta de crédito, que hoje é de apenas 49% do PIB, enquanto nos países desenvolvidos chega a ser mais que o dobro. "Isso é imprescindível para sustentar o desenvolvimento econômico e social do país", aponta o dirigente sindical.
"A redução dos juros é fundamental para a queda do spread no Brasil, que está muito acima do padrão internacional", conclui o sindicalista.
Fonte: Contraf-CUT