"Queremos que o trabalhador seja tratado de forma respeitosa e que o presidente do BNB honre sua palavra, já que tinha se comprometido a efetuar o pagamento. O banco já havia reconhecido o direito ao pagamento dos 2% do lucro líquido linear. O próprio presidente já havia comunicado às entidades sindicais que o pagamento seria feito", afirma o secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira.
Entretanto, na última hora, no dia 20, o banco comunicou sem explicação convincente que não faria mais o pagamento. "Isso é um desrespeito às entidades sindicais e ao funcionalismo. Primeiro o banco reconheceu o direito dos bancários e agora a direção do BNB diz que não encontrou condições para o pagamento. Queremos que o banco apresente logo a data para cumprir esse direito do trabalhador", aponta Miguel.
Além disso, o dirigente da Contraf-CUT questiona a pouca transparência quanto à divulgação dos resultados do banco. "No primeiro semestre de 2011, o BNB lucrou R$ 300 milhões. Já no segundo semestre divulgou lucro de somente R$ 14 milhões. Cobramos mais transparência e esclarecimentos em relação a essa diferença absurda. Os funcionários fizeram a sua parte e queremos saber os motivos destes baixos resultados, uma vez que não foram os provisionamentos que reduziram o lucro do BNB. Todos os indicadores como operações de crédito e tarifas subiram", ressalta Miguel.
"Diante da intransigência do banco e da pouca transparência, a Contraf-CUT convoca a realização de atividades nas maiores agências e concentrações, com atos de protesto, especialmente no horário de abertura de agências, a fim de dialogar com os bancários, fortalecendo a nossa reivindicação", salienta o dirigente sindical.
Fonte: Contraf-CUT