A minuta de reivindicações se divide em três grandes temas: remuneração, emprego e saúde, condições de trabalho e segurança.
"Um dos principais focos da campanha será a questão do emprego, uma vez que a partir da crise de 2008, houve grande número de demissões no setor. E mesmo antes disso, num período de forte expansão do crédito, as terceirizações, via correspondentes bancários e promotores de vendas, ameaçavam os trabalhadores e precarizavam as condições de trabalho", afirma Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.
Quanto à remuneração, os financiários vão lutar por aumento real de salário. Segundo o ICV do Dieese, a inflação projetada para o período de 31 de maio de 2009 a 1º de junho de 2010 (data-base dos financiários) é de 5,72%.
Outra questão importante é a cláusula a respeito da extensão e abrangência das negociações. Os trabalhadores reivindicam que o acordado com a Fenacrefi seja estendido a todos os financiários, em todo o país. "Hoje, além da negociação com a Fenacrefi, ocorrem negociações próprias por estado, como Rio Grande do Sul e Minas Gerais, entre outros", diz Miguel. "Nossa intenção é construir uma Convenção Coletiva de Trabalhão nacional, a partir da experiência dos bancários. Isso se justifica, uma vez que a maioria das financeiras tem presença nacional e são controladas pelos grandes bancos do país", completa.
A Contraf-CUT anunciou ainda que irá elaborar jornal específico nos próximos dias, tratando da negociação dos financiários de 2010.
A minuta deverá ser disponibilizada pela Contraf-CUT para as entidades sindicais nesta quarta-feira, 26. Os sindicatos devem atentar para os prazos e procedimentos já divulgados pela Confederação com outras orientações jurídicas.
Fonte: Contraf-CUT