"As pessoas com deficiência que trabalham no Santander ainda sofrem discriminações e não são respeitados os seus limites, bem como reclamam da ausência de expectativa de crescimento e ascensão no banco", denuncia o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Marcelo Sá. "Uma empresa que pretende ser a melhor para trabalhar precisa garantir respeito e igualdade de oportunidades para esses empregados", salienta.
Veja os principais problemas:
1. ausência de promoção para os PCD. Nenhum trabalhador presente na reunião havia recebido promoção desde o seu ingresso no banco;
2. desvio de função;
3. desconsideração das limitações. Os trabalhadores PCD têm as mesmas metas dos demais, suas limitações são desconsideradas no momento da exigência de metas e no momento da avaliação.
4. falta ou falha na política de acolhimento;
5. despreparo dos companheiros de trabalho para lidar com as diferenças;
6. não há expectativa de crescimento e ascensão na empresa;
7. não são dadas oportunidades de desenvolvimento;
8. colocação em funções consideradas desqualificadas onde os salários são o piso da categoria;
9. ocorrência de pressões, chantagens e humilhações;
10. inadequação arquitetônica e barreiras;
11. não são oferecidos treinamentos;
12. não são disponibilizados materiais softwares ou equipamentos adequados. A aquisição destes suportes para o PCD é considerada como despesa pela empresa;
13. os trabalhadores com deficiência auditiva reclamaram de ser constantemente excluídos e segregados e da falta de sensibilidade por parte das chefias.
Confira as principais reivindicações:
1. A inclusão deve ser feita com qualidade:
– respeitando as diferenças e limitações;
– dando oportunidade de crescimento na empresa;
– dando treinamento adequado.
2. Canal de comunicação eficiente com o RH para que a PCD contratada possa encaminhar suas demandas, dúvidas e problemas.
3. O Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) entregue ao trabalhador (PCD) após o Exame Admissional deve trazer, detalhadamente, as suas limitações.
4. Os gestores desses trabalhadores devem receber cópia do ASO e todas as informações necessárias para que possa designar as tarefas condizentes com as limitações.
5. Os gestores e as equipes devem receber orientações sobre como promover a integração da equipe e a inclusão da PCD.
6. Oferecer curso de libras para todos os trabalhadores dos setores onde trabalhem deficientes auditivos.
7. Vale-transporte e estacionamento para os trabalhadores com mobilidade reduzida. Que a empresa pague uma verba correspondente ao valor do vale-transporte aos trabalhadores com mobilidade reduzida que estão impossibilitados de utilizar o transporte público para ajudá-los a custear o seu deslocamento para o trabalho. Assim como arcar com o custo do estacionamento nestes casos.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo