A Contraf-CUT e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV) enviaram nesta quinta-feira, dia 23, uma carta ao ministro da Justiça, Tarso Genro, propondo que seja revogada a prorrogação dos planos de segurança até o final de 2010. A medida está prevista na portaria nº 358, de 19 de junho, da Polícia Federal. O objetivo das entidades é proteger a vida dos trabalhadores e da população.

O envio do documento foi uma das deliberações do Encontro Temático de Segurança Bancária e da 11ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada no último final de semana, em São Paulo. Conforme a nova portaria, os planos de segurança com vencimento em 2009 e 2010 ficam com sua validade prorrogada até 31 de dezembro de 2010.

"Estranhamos tal prorrogação, o que poderá trazer problemas de segurança nos estabelecimentos, aumentando o risco para bancários, vigilantes, clientes e usuários. Não são poucos os processos movidos pela Polícia Federal contra agências e postos, em razão da falta ou funcionamento com plano de segurança vencido", afirma o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

Cópia da carta foi encaminhada ao diretor da PF, Luiz Fernando Correa, ao diretor-geral Luiz Pontel e ao coordenador-geral da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), delegado Adelar Anderle.

Uso de armas e munições não-letais na segurança privada

Mas também há avanços na nova portaria da PF. Segundo o presidente da CNTV, José Boaventura dos Santos, "avaliamos positivamente que as empresas de segurança privada poderão dotar seus vigilantes de armas e munições não-letais e outros produtos controlados, classificados como de uso restrito, para uso em efetivo exercício, segundo as atividades de segurança privada exercidas".

"Essa possibilidade certamente reduzirá a utilização de armas de fogo e suas munições, contribuindo para a proteção da vida, o desarmamento das quadrilhas e a diminuição da violência", frisa o representante dos vigilantes.

Proibição à contagem de numerário no abastecimento de caixas eletrônicos

Outro avanço é que nos transportes destinados a abastecimento de caixas eletrônicos e outros terminais de autoatendimento fica vedada a contagem e o manuseio de numerário no local ou no interior do veículo de transporte de valores, sendo permitido apenas o abastecimento dos equipamentos como modalidade de entrega do valor transportado, em invólucros previamente preparados ou acondicionados em cassetes,

"Trata-se de uma das reivindicações dos vigilantes e dos bancários. Há muito tempo vínhamos denunciando o abastecimento inseguro dos caixas eletrônicos e propondo exatamente o procedimento adotado, que reduzirá o risco e garantirá mais segurança para os trabalhadores e a população", destaca Carlos Cordeiro.

Fonte: Contraf-CUT

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